Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro: a cidade onde os preços mais desaceleraram continua como a mais cara do país (Fernando Lemos/VEJA RIO)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 20h48.
Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), apresentou nesta segunda-feira (5) a um grupo de 27 vereadores um pacote de projetos que inclui a retirada da proteção ambiental de uma área de 50 mil metros quadrados em terreno da Barra da Tijuca, na zona oeste, onde deverá ser construído um campo de golfe para a Olimpíada de 2016. Como o recesso na Câmara Municipal começa no dia 15 de dezembro, os projetos de lei deverão ter pouco mais de um mês para discussão.
O prefeito justificou a decisão dizendo que aquele trecho da Área de Proteção Ambiental de Marapendi, considerado Zona de Conservação da Vida Silvestre, está degradado e que não será gasto dinheiro público na obra. A construção do campo de golfe e do prédio do centro de mídia e transmissões da Olimpíada, no Parque Olímpico, seria financiada com aumentos de gabarito.
"Eles (os empresários) aceitaram porque terão ganho imobiliário. Nenhum deles faz filantropia. Vamos usar o lucro para uma boa causa", disse Paes. Também estão incluídas no pacote ampliações de isenções a novas construções na zona portuária. A vereadora de oposição Sônia Rabelo (PV) criticou as propostas de mudança de parâmetros ambientais e urbanísticos na zona oeste. "O verde do campo de golfe não significa preservação da vida silvestre. Foi uma imposição da federação internacional de golfe, e a decisão já está tomada, antes da votação." Ela defende que o campo seja construído na zona norte. "Temos absoluto desconhecimento do que está sendo proposto. Cada um desses projetos levaria dois ou três meses, se houvesse uma perspectiva de discussão".