China Three Gorges: investimento de US$10 bilhões em energias renováveis no Deserto de Taclamacã. (Freepik/Reprodução)
Agência
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 14h16.
Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 14h52.
A China Three Gorges Renewables anunciou, em 30 de outubro, um projeto bilionário para a construção de uma base de novas energias no deserto de Taclamacã, situado no sul de Xinjiang, província ao noroeste da China. O investimento estimado para a obra é de cerca de RMB 71,8 bilhões (aproximadamente US$ 10 bilhões).
O projeto será gerido pela Three Gorges Bazhou Ruoqiang, composta por acionistas importantes, incluindo a China Three Gorges Renewables, China Yangtze Power, Three Gorges Capital Holdings e Yangtze River Three Gorges Investment Management, com participações de 34%, 33%, 16,5% e 16,5%, respectivamente. A contribuição de capital dos acionistas representa 25% do investimento total, com o restante dos recursos sendo garantido por meio de empréstimos bancários, leasing financeiro e empréstimos fiduciários.
O projeto tem um modelo integrado que combina energia eólica, solar, térmica e armazenamento para exportação de energia para outras regiões do país. Com previsão de três a quatro anos para conclusão, a construção ajustará a integração dos sistemas de energia de acordo com o progresso das obras de carvão térmico e canais de transmissão, garantindo operação e construção simultâneas dos sistemas.
O sul de Xinjiang apresenta reservas elevadas de energia renovável, com 66% de sua matriz composta por fontes como energia eólica, solar e hidráulica. Esse é o primeiro projeto de energia em grande escala a utilizar áreas de deserto, planície e montanha. Após a conclusão, estima-se que a base forneça cerca de 36 bilhões de quilowatts-hora de energia anualmente para as regiões de Sichuan e Chongqing, equilibrando a distribuição de recursos naturais e demanda elétrica na China.
Segundo a China Three Gorges Renewables, os projetos de novas energias da base no sul de Xinjiang já receberam indicadores de construção e estão em preparação para aprovações prévias. Enquanto isso, o projeto de carvão térmico já obteve aprovação, além das avaliações de impacto ambiental, economia de energia e verificação de espaço aéreo. Os procedimentos de uso do solo e outras etapas de aprovação seguem em andamento para cada fonte de energia integrada.