Lawrence Lessig, novo pré-candidato à casa Branca no pleito de 2016, prometeu renunciar se vencer e ceder o poder a seu vice-presidente (Brad Barket/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2015 às 16h08.
Washington - O professor de Direito da Universidade de Harvard, Lawrence Lessig, anunciou nesta quarta-feira sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos para "devolver a democracia aos cidadãos" e mudar um sistema eleitoral que, segundo sua opinião, cedeu poder à oligarquia.
Lessig, que espera ganhar indicação presidencial do Partido Democrata, baseia sua campanha essencialmente em aprovar a Lei de Igualdade Cidadã, que deve iniciar uma profunda reforma do sistema eleitoral e de financiamento de candidatos.
Se for eleito e este projeto de lei conseguir a autorização do Congresso, o pré-candidato à casa Branca no pleito de 2016 prometeu renunciar e ceder o poder a seu vice-presidente.
Lessig lançou oficialmente sua candidatura hoje em Claremont, New Hampshire, estado escolhido por ter sido o lugar no qual em 1995 o então presidente, Bill Clinton, e o presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, decidiram trabalhar por uma reforma do sistema de financiamento eleitoral que nunca saiu do papel.
"A nossa já não é uma democracia representativa", comentou o professor ao anunciar sua candidatura.
Lessig afirmou que o Congresso é uma instituição "corrupta" que está mais influenciada por grupos de pressão e uma oligarquia milionária que fez com que nos Estados Unidos "não haja conexão entre o que o eleitor médio deseja e o que o governo finalmente faz".
O acadêmico citou estudos que apoiam a ideia que essa conexão direta com o governo só beneficia às grandes fortunas, especialmente desde que a legislação de financiamento eleitoral se nutre principalmente com fundos dos obscuros Comitês de Ação Política, sem limites de dinheiro.
Lessig, que conseguiu arrecadar US$ 1 milhão em um mês para sua campanha, enfrentará pela indicação democrata a ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, o senador Bernie Sanders, o ex-governador de Maryland, Martin O'Malley, o ex-secretário da Marinha, Jim Webb, e o ex-governador de Rhode, Island Lincoln Chafee.