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Produção industrial cai 1,8% em outubro no Japão

Momento reflete o fim dos subsídios governamentais à compra de veículos

Fábria da Toyota no Japão: mais um sinal de fragilidade na recuperação econômica do país (Junko Kimura/Getty Images)

Fábria da Toyota no Japão: mais um sinal de fragilidade na recuperação econômica do país (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 08h56.

Tóquio - A produção industrial no Japão teve em outubro a queda mais acelerada dos últimos 20 meses, em mais um sinal de fragilidade na recuperação econômica do país, em um momento em que o fim dos subsídios governamentais à compra de veículos levou ao encolhimento da produção no setor automotivo.

A indústria do Japão produziu em outubro 1,8% a menos do que em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria. O resultado marca o quinto mês seguido de retração e representa um recuo mais profundo que o de 1,6% do mês anterior.

Porém, o dado é muito melhor que a retração de 3,3% esperada pelos economistas, o que os analistas atribuem basicamente a um aumento na produção de TVs de tela plana, uma vez que as empresas se anteciparam a um crescimento da demanda antes da forte diminuição, em dezembro, dos subsídios do governo para a compra de veículos e utensílios domésticos com uso eficiente de energia.

Ainda assim, o número divulgado hoje não contribui para amenizar as preocupações dos investidores com o estado da economia japonesa, que alguns esperam ver ainda mais estagnada, pois as exportações - principal motor econômico do país - perdem fôlego.

Os analistas também viram motivo para preocupação na taxa de estocagem de outubro, que aumentou 7,6% no mês depois de ter subido 1,3% em setembro. A aceleração no ritmo de crescimento dos estoques das empresas indica que novos recuos na produção devem ocorrer, dizem os analistas. 

Desemprego

A taxa de desemprego no Japão aumentou para 5,1% em outubro, de 5% em setembro, enquanto o gasto das famílias diminuiu 0,4% no mês passado, segundo dados divulgados hoje. O economista Hiroshi Watanabe, do Instituto de Pesquisa Daiwa, disse que a taxa de desemprego no país pode seguir subindo até 5,5%, apenas 0,1 ponto porcentual abaixo do pior nível já registrado. As informações são da Dow Jones.

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