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Produção de veículos recua 60,1% em abril no Japão

País ainda sofre com a falta de peças causada pelo terromoto que atingiu o país em março e teve a maior queda de produção da história

Fábrica da Nissan no Japão: montadoras tiveram a maior queda de produção na história  (Koji Watanabe/Getty Images)

Fábrica da Nissan no Japão: montadoras tiveram a maior queda de produção na história (Koji Watanabe/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 13h52.

Tóquio - A produção e as exportações de automóveis do Japão sofreram quedas recordes em abril, uma vez que a falta de peças após o terremoto de 11 de março interrompeu as operações das fábricas por todo o mês. Segundo dados divulgados hoje pela Associação dos Fabricantes de Automóveis do Japão (Jama, na sigla em inglês), a produção de veículos encolheu 60,1% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, para 292.001 unidades. Esta é a maior queda já registrada no país, superando a redução recorde de 57,3% registrada em março. O volume de produção também foi o menor desde janeiro de 1968.

A queda da produção no país reduziu as exportações, que em abril foram 67,8% menores que no mesmo mês do ano passado, totalizando 126.061 unidades. Tanto a queda porcentual quanto o baixo volume exportado foram recordes, disse uma porta-voz da Jama. Embora as montadoras tenham restabelecido suas linhas de montagem durante o mês de abril, a falta de peças como pneus e produtos de resina, além de dispositivos eletrônicos, limitou o volume de produção.

Na última sexta-feira, a Toyota e a Honda anunciaram baixas recordes na produção de abril, com quedas de 78,4% e 81,5%, respectivamente. A Nissan informou uma queda na produção de 48,7%. As três principais montadoras japonesas esperam elevar a produção doméstica nos próximos meses, à medida que os fornecedores retomarem suas operações normais.

Ao mesmo tempo, o Banco de Desenvolvimento do Japão planeja criar um fundo com a associação das indústrias de autopeças para injetar dinheiro nas companhias do setor que foram atingidas pelo terremoto e ajudá-las a apressar a recuperação. As informações são da Dow Jones.

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