Trabalhador ajusta válvula de um oleoduto na refinaria de Al-Doura, em Bagdá, em abril de 2012 (Mohammed Ameen/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 10h32.
Londres - A produção de petróleo da Opep caiu em dezembro para seu menor nível em mais de um ano, com as exportações iranianas recuando novamente devido às sanções, a Arábia Saudita cortando a extração e um menor fornecimento do Iraque, mostrou uma pesquisa da Reuters.
A oferta de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ficou na média em 30,62 milhões de barris por dia (bpd), um queda ante a média revisada em novembro, de 30,71 bpd, indicou o levantamento feito com fontes de empresas de petróleo, na Opep e em consultorias.
A produção da Opep está, atualmente, 1,13 milhão de bpd menor ante seu auge de abril de 2012, de 31,75 milhões, antes de a União Europeia implementar um embargo sobre o petróleo iraniano, e com a Arábia Saudita aumentando sua produção na época para reduzir os preços da máxima de um ano, a 128 dólares por barril.
A pesquisa indica que a Arábia Saudita cortou sua produção nos últimos dois meses de 2012 em reposta a uma menor demanda, ajudando a trazer a produção do grupo ao volume mais próximo do que já esteve de sua meta de 30 milhões de barris por dia desde que a estabeleceu há um ano.
Com os preços do petróleo acima dos 100 dólares por barril desejados por Riad, mas com expectativas de uma menor demanda no início de 2013, a Opep não alterou sua meta após uma reunião no mês passado, deixando espaço para ajustes sobre ofertas informais dependendo da demanda.
"A Arábia Saudita ainda tem a chave para realizar mudanças na produção da Opep", disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, em Frankfurt. "A maioria dos outros países produz perto de seu máximo." A produção total da Opep em dezembro é a menor desde novembro de 2011, quando o grupo também produziu 30,62 milhões de bpd, de acordo com pesquisa da Reuters.
A maior queda na oferta veio do Iraque, exportador mundial de crescimento mais rápido, devido a contratempos técnicos e políticos. O fornecimento caiu para 3,05 milhões de bpd ante 3,20 milhões de barris diários em novembro, mostrou a pesquisa.
O clima desfavorável contribuiu para menores envios do sul do país e no norte, e as exportações de petróleo Kirkuk caíram devido a uma nova disputa sobre pagamentos entre o governo central e a região do Curdistão.
"Os atrasos começaram no final do mês", disse uma fonte de uma empresa que compra petróleo iraquiano, referindo-se às exportações de Kirkuk. "Deve ser a questão sobre o volume curdo não entrando no fluxo."