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Procuradoria saudita pede pena de morte para quem assassinou jornalista

Cinco pessoas confessaram participação no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2 de outubro,

Jamal Khashoggi: Jornalista foi assassinado no consulado saudita em Istambul, na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

Jamal Khashoggi: Jornalista foi assassinado no consulado saudita em Istambul, na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 12h47.

Riad - O procurador-geral da Arábia Saudita, Saud al-Mojeb, anunciou nesta quinta-feira que pediu pena de morte para cinco pessoas que confessaram participação no assassinato, em 2 de outubro, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, apresentou acusações contra outros seis envolvidos e assegurou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, não estava a par do crime.

O procurador acusou o subdiretor dos serviços secretos do reino, Ahmad Asiry, de organizar a operação, que tinha como objetivo "devolver" Khashoggi à Arábia Saudita, e afirmou que a ordem do assassinato partiu do chefe da delegação enviada à Turquia, cujo nome não citou.

Al-Mojeb disse, em entrevista coletiva, que o príncipe foi informado do caso através dos relatórios "falsos" apresentados pelos agentes responsáveis da operação e "pelos veículos de imprensa".

A operação foi organizada com informações facilitadas por um "ex-consultor", que acusou Khashoggi de manter "relações com organizações estrangeiras inimigas do reino", acrescentou o procurador.

O Ministério Público apresentou acusações contra 11 suspeitos de participar da operação e pediu pena de morte para cinco deles, que confessaram ter participado no assassinato.

O procurador-geral ratificou a teoria já expressada há algumas semanas, ao explicar que aconteceu uma "briga" entre os agentes e Khashoggi no consulado, e então, os suspeitos lhe injetaram uma "dose grande de um sonífero", o que produziu sua morte.

"Depois de assassiná-lo, o corpo foi cortado em pedaços pelos assassinos e levado para fora do consulado", disse o procurador-geral.

Um dos cúmplices entregou o corpo do jornalista a um "colaborador turco", que se desfez dos restos posteriormente.

O procurador afirmou que foi realizado um retrato-falado desse colaborador, segundo as descrições da pessoa que lhe entregou o corpo, e dividiu essas informações às autoridades turcas.

Segundo o procurador, a Arábia Saudita solicitou mais informações às autoridades turcas para prosseguir com as investigações.

Entre outros detalhes, a Arábia Saudita solicitou que Ancara entregue o telefone celular de Khashoggi, as gravações de áudio realizadas dentro do consulado e as de vídeo dos arredores do edifício, assim como os depoimentos de testemunhas recolhidos pela polícia turca.

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