Quênia: Procuradoria-Geral do Quênia ordenou nesta sexta-feira que a polícia investigue o rompimento de represa (Thomas Mukoya/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de maio de 2018 às 09h15.
Última atualização em 11 de maio de 2018 às 09h18.
Solai, Quênia - A Procuradoria-Geral do Quênia ordenou nesta sexta-feira que a polícia investigue o rompimento de uma represa de uma fazenda do Vale do Rift que matou dezenas de pessoas devido a uma inundação que desceu pela encosta de uma colina, destruindo tudo em seu caminho.
Ao menos 44 pessoas morreram quando o reservatório da fazenda, que cultiva rosas para exportação à Europa, rompeu suas margens na noite de quarta-feira após chuvas intensas. Outras 40 pessoas foram dadas como desaparecidas.
A Procuradoria-Geral informou no Twitter que o chefe de polícia foi instruído "a realizar investigações minuciosas para estabelecer a causa e a culpa, se houver", pelo desastre e apresentar um relatório dentro de duas semanas.
O jornal Daily Nation citou autoridades de governo segundo as quais a represa e outras na fazenda Solai, de cerca de 1.416 hectares, localizada a 190 quilômetros a noroeste de Nairóbi, não foram aprovadas por engenheiros governamentais.
Moradores de vilarejos também se queixaram quando as represas foram construídas, acusando o proprietário da fazenda de privá-los de acesso à água do rio, relatou o jornal.
Vinoj Kumar, gerente-geral da fazenda, atribuiu o rompimento do muro da represa às chuvas torrenciais em uma floresta acima da represa, e negou que esta tivesse defeitos ou que não tenha recebido as aprovações necessárias.
"Como eles podem dizer que é ilegal?", disse ele à Reuters. "Ela não foi construída hoje ou ontem. Foi construída 20 anos atrás".