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Procuradoria do Equador diz que acordo com Odebrecht está próximo

Construtora admitiu em dezembro que pagou propina a autoridades de 12 países da região em troca de obter contratos lucrativos

Odebrecht: no Equador, os subornos da empresa teriam alcançado 33,5 milhões de dólares (Guadalupe Pardo/Reuters)

Odebrecht: no Equador, os subornos da empresa teriam alcançado 33,5 milhões de dólares (Guadalupe Pardo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 14h28.

Quito - O Equador está próximo de fechar um acordo com a empreiteira Odebrecht que permitirá ao país obter informações detalhadas sobre uma suposta rede de subornos e receber uma indenização, disse nesta quinta-feira um procurador equatoriano.

Maior grupo de construção da América Latina, a Odebrecht admitiu em dezembro que pagou propina a autoridades de 12 países da região em troca de obter contratos lucrativos, em um esquema revelado no âmbito da operação Lava Jato. No Equador, os subornos da empresa teriam alcançado 33,5 milhões de dólares.

"O tema central, o penal, acho que está praticamente acordado... O que falta? Estão definindo o esquema sobre possíveis indenizações a serem pagas", disse o procurador Galo Chiriboga ao canal de TV Ecuavisa.

O procurador acrescentou que a empresa brasileira aceitou que o acordo seja público em sua maior parte, e concordou em entregar a Quito as mesmas informações repassadas a Brasil, Suíça e Estados Unidos sobre sua rede de propinas.

Até o momento não foram identificadas as autoridades equatorianas suspeitas de receberem pagamentos ilegais.

O presidente do Equador, Rafael Correa, expulsou a Odebrecht em 2008 por irregularidades na construção de uma central hidrelétrica, mas dois anos depois a empresa retornou ao país após fechar um acordo que incluiu o pagamento de uma indenização.

As autoridades locais analisam, como parte da investigação aberta pela Procuradoria em dezembro, cerca de 30 contratos firmados pela Odebrecht com empresas públicas equatorianas.

Dentro da investigação a Procuradoria pediu que o Estado equatoriano fosse proibido de firmar novos contratos com a Odebrecht, o bloqueio de pagamentos de 40 milhões de dólares à empreiteira e a apreensão de documentos e equipamentos nos escritórios da companhia no país.

O Equador trabalha no caso em parceria com Peru e Colômbia.

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