Pam Bondi: procuradora-geral dos EUA deixou claro em coletiva de imprensa que as deportações vão continuar (Andrew Harnik /Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 18 de março de 2025 às 14h27.
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, destacou que os voos de deportação de supostos membros da gangue Tren de Aragua "obviamente" continuarão, apesar da ordem judicial que os bloqueia temporariamente.
"Eles são terroristas estrangeiros, que o presidente identificou e designou como tal, e continuaremos cumprindo a Lei de Inimigos Estrangeiros", disse na noite de segunda-feira ao programa "Jesse Watters Primetime" da emissora "Fox News'.
O presidente dos EUA, Donald Trump, invocou a lei de 1798 no último sábado para agilizar a deportação de membros do grupo criminoso e, no mesmo dia, seu governo enviou mais de 200 venezuelanos que o poder executivo alega pertencerem à gangue para El Salvador, que se ofereceu para prendê-los.
No mesmo dia, um juiz federal bloqueou temporariamente essas deportações, mas o poder executivo argumentou que os primeiros aviões já estavam em águas internacionais ou que o juiz não tinha autoridade para ditar a política de imigração.
A procuradora-geral criticou o juiz James Boasberg por "interferir" na política externa do país.
"Ele não pode fazer isso. (...) O que ele fez foi uma intrusão na autoridade do presidente. Este juiz federal acha que pode controlar a política externa de todo o país, e não pode", enfatizou Bondi, enquanto outros no governo, como o "czar da fronteira" Tom Homan, também apontaram que ele não se importa com as opiniões dos juízes.