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Procuradora da Venezuela impede entrada de substituta no MP

A vice nomeada chegou inesperadamente com seus seguranças à sede da Procuradoria, mas depois de esperar 20 minutos, decidiu se retirar

Katherine Haringhton: Haringhton pretendia assumir seu cargo de vice-procuradora (Marco Bello/Reuters)

Katherine Haringhton: Haringhton pretendia assumir seu cargo de vice-procuradora (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de julho de 2017 às 16h10.

A Procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, impediu nesta quinta-feira a entrada no Ministério Público (MP) da advogada chavista Katherine Haringhton, que irá substituí-la caso ela seja destituída.

Haringhton pretendia assumir seu cargo de vice-procuradora.

"Denunciamos a pretensão arbitrária da vice-procuradora nomeada pelo TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) de ingressar no MP", assegurou Ortega em seu Twitter.

Haringhton se retirou do prédio sem que os portões da entrada fossem abertos, diante de dezenas de jornalistas.

A vice nomeada chegou inesperadamente com seus seguranças à sede da Procuradoria, no centro de Caracas, mas depois de esperar 20 minutos, decidiu se retirar.

"Estava otimista para que nos recebessem (...). A intenção é começar a trabalhar com a Procuradora pela paz que todos queremos. Vínhamos montar uma equipe de trabalho. Estou certa de que ela pensará melhor", assegurou, em breves declarações.

Haringhton foi juramentada há dois dias pela Sala Constitucional do TSJ, pouco antes de uma audiência na qual a corte decidirá se julgará Ortega por supostas faltas no cargo, acusada de mentir nas acusações contra os magistrados.

Ortega disse desconhecer a nomeação de Haringhton como vice-procuradora por considerar que quem deve fazer isso é o Parlamento - de maioria opositora -e que os magistrados foram escolhidos ilegalmente.

Chavista histórica, Ortega se converteu há três mess numa das principais adversárias do presidente Nicolás Maduro e do TSJ, acusado pela oposição de ser manipulado pelo governo.

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