Mundo

Procuradora anuncia condução coercitiva para que Evo Morales deponha em caso sobre estupro

Denúncia é de que o ex-presidente boliviano teria cometido crimes de tráficos de pessoas

 (IZAR RALDES/AFP)

(IZAR RALDES/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 11 de outubro de 2024 às 08h17.

Última atualização em 11 de outubro de 2024 às 08h18.

Tudo sobreBolívia
Saiba mais

A procuradora Sandra Gutiérrez anunciou na quinta-feira, 10, que será emitida uma ordem de condução coercitiva para que o ex-presidente da Bolívia Evo Morales preste depoimento ao Ministério Público do país na investigação de um caso de tráfico de pessoas e estupro.

De acordo com a denúncia, Morales teria cometido os crimes de tráfico de pessoas e estupro com uma menor de idade, com quem teria tido um filho. A vítima teria pertencido a um grupo de jovens chamado “Geração Evo”, criado pelo ex-presidente enquanto estava no poder.

Gutiérrez, por sua vez, é procuradora na região de Tarija, no sul do país, onde o caso está sendo investigado.

Estava previsto que Morales prestasse depoimento hoje em Tarija, mas sua defesa apresentou uma petição para que ele não comparecesse, alegando que existe uma decisão constitucional que ordena que o caso seja tratado na região de Cochabamba, onde ele vive.

Gutiérrez destacou que, além do ex-presidente peruano, outras duas pessoas que também são investigadas neste caso foram chamadas para depor e não compareceram.

“A mesma situação jurídica vale para os três, uma vez que não justificaram a ausência”, afirmou.

Gutiérrez alegou que “não está sendo violado nenhum direito”, como alegam Morales e seus advogados, mas que “tudo está a ser feito de forma transparente e de acordo com a lei”.

As organizações sociais que apoiam Morales advertiram nesta quinta-feira que, se o Ministério Público emitir essa ordem contra o ex-presidente, iniciarão um bloqueio nacional de rodovias.

O ex-presidente boliviano, que se distanciou do governo do presidente Luis Arce, seu correligionário no Movimento ao Socialismo (MAS), afirmou que se defenderá dessa “batalha judicial”, que para ele é uma “perseguição política”, e que mais de 200 advogados se ofereceram para defendê-lo “gratuitamente”.

A denúncia contra o ex-presidente foi apresentada em 26 de setembro na Procuradoria de Tarija, três dias depois da chegada a La Paz de uma passeata liderada por Morales com várias reivindicações, incluindo a validação de um congresso do MAS no qual ele foi nomeado “candidato único” do partido para as eleições presidenciais de 2025.

Acompanhe tudo sobre:BolíviaEvo Morales

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru