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Procurador saudita isenta príncipe herdeiro no caso da morte de Khashoggi

Jornalista saudita dissidente Jamal Khashoggi foi assassinado em 2 de outubro

Mohamed bin Salman: O príncipe herdeiro "não estava a par do caso", segundo procurador-geral (Amir Levy/Reuters)

Mohamed bin Salman: O príncipe herdeiro "não estava a par do caso", segundo procurador-geral (Amir Levy/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 12h31.

O procurador-geral saudita eximiu o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, nesta quinta-feira (15), de qualquer envolvimento no assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, cometido em 2 de outubro, no consulado de seu país, em Istambul.

O príncipe herdeiro não estava a par do caso, afirmou o porta-voz do procurador-geral, em resposta à pergunta de um jornalista.

Segundo o mesmo porta-voz, o subdiretor dos serviços de Inteligência, general Ahmed al-Asiri, ordenou que Khashoggi fosse levado por bem, ou por mal, mas o chefe da equipe de "negociadores" enviados ao local ordenou matá-lo.

A Procuradoria pediu hoje a pena de morte para cinco acusados do assassinato de Khashoggi e afirmou que o jornalista foi drogado e esquartejado no consulado.

Também nesta quinta, o procurador-geral pediu à Turquia que firme um acordo "especial" de cooperação para investigar o homicídio.

O objetivo deste "mecanismo específico" é fornecer à Turquia os resultados da investigação saudita e obter de Ancara as "provas e a informação pertinente" que tem sobre o assunto, completou o procurador, que agora "espera uma resposta".

A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.

"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu.

"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.

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