Alberto Fujimori: ex-presidente voltou ao Peru por meio do Chile, onde foi detido e extraditado em 2007 (Koichi Kamoshida/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de abril de 2018 às 20h57.
O procurador peruano Luis Landa pediu nesta sexta-feira que a juíza que presidente a Suprema Corte do país, Miluska Cano, impeça a saída do ex-presidente Alberto Fujimori do Peru enquanto ele for julgado em liberdade pelo assassinato de seis camponeses durante seu governo.
Além disso, o procurador pediu que haja restrições à liberdade ambulatória de Fujimori. O caso poderia levar o ex-presidente de volta à prisão.
Cano deverá tomar uma decisão em um prazo de aproximadamente duas semanas. Após ser perdoado na noite de Natal de uma sentença de 25 anos por responsabilidade no assassinato de 25 outros peruanos, Fujimori, de 79 anos, disse à juíza, em uma breve declaração, que não tinha intenção de viajar e que pretendia participar de todas as audiências que fossem marcadas.
No entanto, o juiz Omar Pimentel, que integra o tribunal, questionou o ex-presidente por que se deveria acreditar nele se, no passado, ele já havia fujido do país. Fujimori respondeu que "já tenho quase 80 anos, a esperança de vida em uma situação assim é curta".
O procurador Landa recordou que pesam antecedentes sobre o ex-presidente de "perigo de fuga", como ocorreu no fim dos anos 2000, quando ele abandonou o Peru com a justificativa de participar do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Brunei. Fujimori voltou ao Peru por meio do Chile, onde foi detido e extraditado em 2007. Fonte: Associated Press.