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Procurador pede pausa em julgamento de Trump relacionado à invasão do Capitólio

Presidente eleito é julgado por sua participação em tentativa de reverter derrota nas urnas em 2020

Donald Trump, presidente eleito dos EUA, dança enquanto sobe ao palco durante um comício de campanha na Van Andel Arena em Grand Rapids, Michigan, em 5 de novembro de 2024 (KAMIL KRZACZYNSKI /AFP)

Donald Trump, presidente eleito dos EUA, dança enquanto sobe ao palco durante um comício de campanha na Van Andel Arena em Grand Rapids, Michigan, em 5 de novembro de 2024 (KAMIL KRZACZYNSKI /AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 16h21.

O procurador especial Jack Smith solicitou nesta sexta-feira, 8, uma pausa no julgamento penal contra Donald Trump pelo ataque ao Capitólio para avaliar a situação, após Trump ter vencido as eleições presidenciais da última terça-feira.

Sua solicitação à juíza Tanya Chutkan diz que é necessário anular os prazos restantes para determinar "o caminho apropriado" em consonância com as políticas do Departamento de Justiça, que impedem investigações contra presidentes enquanto estão em exercício. A juíza aceitou o pedido.

Trump, que na terça-feira venceu candidata democrata Kamala Harris e será empossado em 20 de janeiro, é acusado pela Justiça no Distrito de Columbia por sua tentativa de reverter os resultados das eleições que perdeu em 2020 e por supostamente ter instigado o ataque ao Capitólio.

A solicitação lembra que, como resultado dessas eleições, está previsto que a vitória do republicano seja certificada em 6 de janeiro e que ele seja empossado como presidente no dia 20 do mesmo mês. Smith destacou que a promotoria consultou os advogados de defesa e apontou que eles não se opuseram à pausa.

Processos contra Trump

Segundo o jornal The New York Times, Smith já havia iniciado discussões com integrantes do Departamento de Justiça sobre como prosseguir após as eleições nos dois casos federais contra Trump: o ataque ao Capitólio e a acusação na Flórida por ter levado documentos confidenciais da Casa Branca ao deixar o cargo.

Durante a campanha eleitoral, Trump afirmou que, em seu primeiro dia como presidente, demitiria o procurador Smith e ordenaria ao Departamento de Justiça que encerrasse os casos contra ele, que, segundo ele, foram motivados por perseguição política.

Em 21 de novembro, estava previsto que os advogados de Trump apresentassem à juíza sua documentação explicando por que ele não deveria ser julgado em Washington após a Suprema Corte decidir que ex-presidentes têm ampla imunidade judicial.

Smith indicou em sua nota que, até 2 de dezembro, poderá apresentar um relatório com o resultado de suas deliberações.

O procurador especial, até o momento, não solicitou uma pausa no processo na Flórida. Esse caso foi arquivado em 15 de julho, mas Smith pediu em 26 de agosto a um tribunal de apelações que fosse restaurado.

Trump enfrenta quatro julgamentos criminais paralelos: dois federais e outros dois em tribunais locais de Nova York e Geórgia.

O único em que já houve condenação é o de Nova York, por falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento à atriz pornô Stormy Daniels, com quem ele supostamente teve um caso no passado, para evitar danos em sua campanha de 2016.

O objetivo da equipe de Trump, segundo a NBC News informou nesta semana, é que todos os casos contra ele sejam arquivados. No caso de Nova York, também se considera a possibilidade de adiar indefinidamente a audiência programada para o final de novembro.

Segundo a Constituição dos Estados Unidos, um presidente não pode conceder perdão em acusações estaduais, como no caso de Nova York, e, na Geórgia, onde ele é acusado de interferência eleitoral, o governador também não poderia indultá-lo.

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