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Procurador internacional pedirá prisão de autoridades líbias

Três pessoas ligadas ao ditador Muammar Kadafi serão acusadas de crimes contra a humanidade, mas nomes não foram revelados

Kadafi desfila em Trípoli: o ditador também é investigado pelo TPI (AFP)

Kadafi desfila em Trípoli: o ditador também é investigado pelo TPI (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 13h37.

Brasília - O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno-Ocampo, afirmou hoje (13) que pedirá na próxima segunda-feira (16) aos juízes que aprovem a emissão de mandados de detenção contra três pessoas ligadas ao governo do presidente da Líbia, Muammar Kadafi. Moreno-Ocampo disse que as três pessoas são acusadas de crimes contra a humanidade cometidos na Líbia. Segundo ele, as denúncias são apuradas desde 15 de fevereiro.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Moreno-Ocampo não quis divulgar os nomes das três pessoas. “Os juízes podem aceitar o pedido, rejeitar ou solicitar ao procurador informações suplementares”, disse o procurador, em comunicado.

No mês passado, Moreno-Ocampo anunciou a abertura de investigações contra Kadafi e mais sete pessoas ligadas ao governo dele também por denúncias de violação de direitos humanos e crimes contra a humanidade.

Pela resolução do Tribunal Penal Internacional, houve a advertência sobre a necessidade de investigar "os ataques sistemáticos" contra a população civil que "podem configurar crimes contra a humanidade". Há relatos de que Kadafi determinou o bombardeio em áreas urbanas de Trípoli (capital) e Benghazi, a segunda maior cidade do país.

Também há denúncias de que, por ordem do governo, vários líderes das manifestações foram presos e enterrados vivos para evitar que comandassem novos protestos no país. Kadafi nega as acusações.

Em 26 de fevereiro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução solicitando ao TPI que investigue a situação na Líbia. Além disso, foram impostas sanções ao país, vetando compra de armas e equipamentos militares, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) passou a promover ataques aéreos na região.

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