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Procurador-geral dos EUA fez discurso para grupo anti-LGBT

O discurso gerou uma grande polêmica pela natureza do grupo e porque as palavras do procurador estão mantidas em segredo

Jeff Sessions: o grupo cristão é a favor da proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo (Kevin Lamarque/Reuters)

Jeff Sessions: o grupo cristão é a favor da proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2017 às 17h32.

Washington - O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, discursou na noite da última terça-feira a portas fechadas em uma conferência do grupo cristão Alliance Defending Freedom, conhecido por sua radical oposição aos direitos dos homossexuais, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

O discurso gerou uma grande polêmica pela natureza do grupo e porque as palavras do procurador estão mantidas em segredo, já que o Departamento de Justiça não informou com antecedência sobre o evento e tampouco tornou públicas as declarações de Sessions, como é o habitual.

Um porta-voz do Departamento de Justiça confirmou à emissora "ABC" que Sessions pronunciou um discurso, mas se negou a falar sobre seu conteúdo.

O evento aconteceu no marco da "Cúpula pela Liberdade Religiosa", organizada pela Alliance Defending Freedom em Dana Point (Califórnia) e que tem como objetivo "desenvolver estratégias legais e culturais para permitir que a liberdade floresça nos EUA e no mundo todo", segundo consta em seu site.

O grupo Alliance Defending Freedom foi fundado em 1994 em Scottsdale (Arizona), é formado por 30 líderes da poderosa direita cristã e é a favor da proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que a Suprema Corte legalizou em todo os EUA em junho de 2015.

A organização é considerada "um grupo de ódio" pelo Southern Poverty Law Center, um grupo privado que combate a discriminação e o ódio contra certas minorias, e que investiga grupos que fomentam a violência.

O Alliance Defending Freedom representa perante a Suprema Corte Jack Phillips, um homem do Colorado que se recusa a confeccionar bolos e oferecer serviços de buffet aos casais homossexuais porque diz que isso violaria sua liberdade religiosa, já que ele é cristão e não aceita este tipo de uniões.

A Suprema Corte aceitou em junho avaliar este caso no seu próximo período judicial, que começa em outubro.

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