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Procurador-geral do Egito morre em atentado no Cairo

O procurador-geral Hisham Barakat foi levado para o hospital com um ombro deslocado e um corte no nariz, disse um responsável do Ministério da Saúde


	Policial em frente ao palácio presidencial do Egito, no Cairo: O procurador indicou milhares de islâmicos para serem julgados, desde o golpe que tirou o antigo presidente Mohamed Morsi do poder, em 2013
 (Khaled Desouki/AFP)

Policial em frente ao palácio presidencial do Egito, no Cairo: O procurador indicou milhares de islâmicos para serem julgados, desde o golpe que tirou o antigo presidente Mohamed Morsi do poder, em 2013 (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 11h50.

O procurador-geral do Egito, Hicham Barakat, morreu hoje (29) na sequência de um atentado à bomba no Cairo, anunciou à agência AFP o ministro da Justiça, no hospital para onde Barakat foi levado.

Barakat, de 65 anos, sofreu ferimentos que provocaram uma hemorragia interna. Ele chegou a ser operado, mas não resistiu.

Em 21 de maio, o ramo egípcio do grupo terrorista Estado Islâmico fez apelos por ataques contra membros do judiciário local, em represália pela condenação de vários simpatizantes do grupo nas últimas semanas.

O procurador-geral do Egito ficou ferido quando seu carro foi bombardeado, depois que terroristas islâmicos juraram vingança contra os representantes do poder judicial.

A bomba que explodiu na manhã de hoje destruiu ao menos cinco carros e algumas vitrines em uma rua no distrito de Heliopolis.

No hospital, um guarda-costas ainda ferido explicou à agência noticiosa AFP como a explosão afetou as várias viaturas: "Houve uma explosão enorme de repente, havia vidros a voar por todo o lado, era como se fosse um tremor de terra".

O atentado foi reivindicado pela organização Ansar Beit al-Maqdis, com sede no Sinai, que jurou fidelidade ao Estado Islâmico.

Em mensagem de vídeo divulgada recentemente, após o enforcamento de seis homens condenados por ataques, o grupo afirmou: "Por Deus, vamos procurar vingança para os nossos irmãos e outros como eles, contra o partido que os sentenciou, e contra o partido que implementou a sentença".

Atualizado em 29/06/2015, às 11h50

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