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Procurador especial é nomeado para investigar filho de Biden

Hunter Biden é investigado por fraude fiscal e posse ilegal de arma, além de negócios realizados na China e em outros países

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos enfrenta grandes problemas em seu governo, alguns deles envolvendo seu filho, Hunter (Agence France-Presse/AFP)

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos enfrenta grandes problemas em seu governo, alguns deles envolvendo seu filho, Hunter (Agence France-Presse/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 11 de agosto de 2023 às 17h46.

Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 18h30.

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou, nesta sexta-feira, 11, que nomeou um procurador especial para investigar o filho do presidente Joe Biden, Hunter, a quem os republicanos acusam de envolvimento em negócios obscuros.

O escolhido é David Weiss, que já estava investigando Hunter Biden por fraude fiscal e posse ilegal de arma, em um caso que continua em aberto. Garland não especificou sobre o que Weiss investigará como procurador especial.

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Na terça-feira, Weiss informou ao secretário de Justiça que acreditava ter chegado a um ponto em sua investigação que exigia que fosse nomeado procurador especial.

China e Ucrânia

Hunter Biden, de 53 anos, também está sob investigação no Congresso — cuja Câmara dos Representantes é controlada pelos republicanos — por negócios que realizou na China, Ucrânia e outros lugares durante e após o mandato de seu pai como vice-presidente dos Estados Unidos (2009-2017). Os republicanos acusam Joe Biden de ter usado sua posição política para ajudar o filho, uma afirmação que o presidente nega.

A nomeação ocorre em um momento em que Joe Biden é candidato à reeleição nas eleições de 2024, nas quais poderá ter como rival o ex-presidente republicano Donald Trump, alvo de várias acusações criminais, uma delas sob responsabilidade de outro procurador especial designado pelo Departamento de Justiça, Jack Smith.

Para Garland, a promoção de Weiss "reforça" a independência de sua investigação.

Hunter havia chegado a um acordo de culpa com Weiss pelas acusações de posse de arma e evasão fiscal, mas no mês passado a juíza não aceitou os termos do acordo, que acabou desfeito. Com isso, o filho do presidente se declarou inocente.

Esperava-se que as duas partes chegassem a um novo acordo, mas, em um parecer divulgado nesta sexta-feira, Weiss afirmou que as negociações estão paralisadas e retirou a oferta de acordo de admissão de culpa.

Além disso, ele alertou que as acusações fiscais podem ser ampliadas para outros lugares.

Descontentamento republicano

A Casa Branca não comentou a nomeação de Weiss.

Em uma mensagem nas redes sociais, um porta-voz de Trump afirmou que a família Biden tem sido "protegida pelo Departamento de Justiça por décadas".

"Há evidências avassaladoras e testemunhos confiáveis que detalham seu crime de mentir para o povo americano e vender o país para inimigos estrangeiros em benefício financeiro do cartel Biden", disse o porta-voz, sem apresentar provas.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, afirmou que a investigação do Congresso sobre Hunter Biden continuará.

A decisão do Departamento de Justiça "não pode ser usada para obstruir as investigações do Congresso ou encobrir a corrupção da família Biden", disse nas redes sociais.

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