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Procura por implantes cai por falta de dólares na Venezuela

Desde 2003, a Venezuela tem um controle cambial em que o dólar é cotado a taxas de 6,30 bolívares para alimentos e produtos relacionados à saúde

Cirurgião mostra prótese mamária em hospital de Caracas, em 25 de janeiro de 2012 (Leo Ramirez/AFP)

Cirurgião mostra prótese mamária em hospital de Caracas, em 25 de janeiro de 2012 (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 16h34.

Caracas - A procura por cirurgias plásticas para o aumento dos seios diminuiu na Venezuela devido à falta de dólares a preço oficial para adquirir as próteses no exterior - informou nesta quarta-feira a Sociedade Venezuelana de Cirurgia Plástica e Reconstrutora.

"A demanda (de cirurgias de aumento de seios) diminuiu porque não foi possível importar as próteses e já houve um aumento no custo", disse à rede de televisão Globovisión Jesús Pereira, presidente da entidade.

Desde 2003, a Venezuela tem um controle cambial em que o dólar é cotado a taxas de 6,30 bolívares para alimentos e produtos relacionados à saúde; para outros setores, a cotação gira em torno de 11 bolívares. Nos últimos meses, a entrega de dólares ficou ainda mais restrita.

"Hoje temos uma grande limitação na importação das próteses. Durante alguns anos, o produto teve uma condição favorável, mas agora existem muitas restrições", acrescentou.

Pereira explicou que mesmo quando os pacientes compram dólares no mercado paralelo - cuja cotação supera em mais de 10 vezes a taxa de 6,30 - não conseguem importar as próteses porque o processo é feito através do ministério da Saúde.

Segundo dados oficiais, cerca de 40.000 mamoplastias para aumento dos seios são realizadas na Venezuela. Trata-se do país latino-americano com a maior demanda pelo procedimento.

A Venezuela, que conta com as maiores reservas de petróleo do mundo, importa a maior parte dos alimentos e produtos que consome, cada vez mais caros ou escassos deviso às restrições impostas pelo governo à venda de dólares.

A dívida do governo com o setor privado chega a 13.400 milhões de dólares. As áreas mais afetadas pela crise são alimentação, farmacêutica, química e aviação.

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