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Processo de impeachment de Trump pode ir em breve para Comitê Judiciário

Nas próximas semanas, a área de inteligência da Câmara enviará um relatório ao Comitê Judiciário sobre o impeachment de Trump

Trump: a relação do presidente americano com a Ucrânia será investigada (JIM BOURG/Reuters)

Trump: a relação do presidente americano com a Ucrânia será investigada (JIM BOURG/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 13h40.

Após duas semanas de audiências públicas, o processo de impeachment do presidente dos Estados unidos, Donald Trump, pode ir em breve para o Comitê Judiciário do Congresso. Ele vai tramitar "rapidamente", informou a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes.

Nas próximas semanas, a área de inteligência da Câmara vai enviar um relatório ao Comitê Judiciário e, em seguida, os democratas começam a trabalhar no processo as relações do presidente Donald Trump com a Ucrânia e as tentativas do governo de barrar o processo de impeachment.

Os artigos devem conter uma série de assuntos além dos esforços de Trump para pressionar a Ucrânia a investigar democratas, como qual foi o papel de Robert Mueller, ex-procurador especial dos Estados Unidos.

Até o julgamento no Senado, o processo deve seguir etapas que passam por uma votação no Comitê Judiciário, uma votação no plenário da Câmara e, finalmente, à avaliação dos senadores.

Os democratas no Comitê de Inteligência da Câmara acreditam que têm evidências suficientes para escrever um relatório e seguir em frente. Mas ainda não está claro se eles ouvirão testemunhos de última hora. O presidente do Comitê de Inteligência, Adam Schiff, disse no domingo que não excluirá a possibilidade. Em entrevista à CNN, Schiff afirmou que o comitê vai continuar conduzindo a investigação e não permitirá que o governo Trump a impeça. "A investigação não terminou", disse ele.

Várias testemunhas potencialmente importantes, como o ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton, o secretário de Energia, Rick Perry, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, entre outros, se recusaram a fornecer testemunho ou documentos sobre as ordens de Trump. Os democratas disseram que não querem se envolver em longas batalhas judiciais para forçar essas testemunhas a cooperar com intimações. Mas ainda podem ouvi-los para saber se algum deles mudou de ideia ou se outras testemunhas-chave surgiram.

Uma vez concluído o relatório, o comitê vai votá-lo e enviá-lo à Câmara. Isso poderia acontecer já na primeira semana de dezembro quando os legisladores retornam do feriado de Ação de Graças.

 

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