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Prisão de Abdeslam é 'golpe contra Estado Islâmico'

Desde o começo do ano, "74 indivíduos ligados a atividades terroristas foram detidos na França. Trinta e sete foram acusados e 28, presos"


	Salah Abdeslam: suspeito de participar de atentados em Paris no ano passado
 (foto/Wikimedia Commons)

Salah Abdeslam: suspeito de participar de atentados em Paris no ano passado (foto/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2016 às 10h04.

A prisão de Salah Abdeslam, principal suspeito dos atentados de 13 de novembro em Paris, representa "um golpe importante contra a organização terrorista Estado Islâmico na Europa", declarou neste sábado em Paris o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.

"As operações desta semana permitiram a detenção de vários indivíduos extremamente perigosos e determinados", declarou Cazeneuve ao deixar uma reunião do Conselho de Defesa francês, convocado pelo presidente François Hollande.

"Salah Abdeslam terá que prestar contas de seus atos junto à Justiça francesa", acrescentou.

Em 24 de novembro passado, a Justiça francesa lançou uma ordem de captura europeia, o que deve facilitar o traslado de Abdeslam para a França.

"Dentro das investigações judiciais iniciadas após o 13 de Novembro, 10 indivíduos foram acusados, dois na França e oito na Bélgica", assinalou Cazeneuve. "Outros estão sendo procurados intensamente."

Cazeneuve elogiou o "compromisso impecável das autoridades belgas e a boa cooperação dos serviços da França e Bélgica".

Desde o começo do ano, "74 indivíduos ligados a atividades terroristas foram detidos na França. Trinta e sete foram acusados e 28, presos", acrescentou Cazeneuve.

"Estes resultados representam, frente a uma ameaça que continua sendo elevada, um incentivo a dar continuidade, sem pausa, aos nossos esforços", disse o ministro. "Venceremos a guerra contra o terrorismo agindo sem trégua."

Participaram da reunião do Conselho de Defesa o primeiro-ministro, Manuel Valls, os ministros de Interior, Defesa, Relações Exteriores e Justiça, bem como o chefe do estado-maior das Forças Armadas e representantes dos principais serviços de segurança da França.

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