Harry (4d) desembarca de um avião da Força Aérea Real Britânica: o "capitão Wales", como é conhecido nas Forças Armadas, deixou na segunda-feira o Afeganistão (AFP/ John Stillwell)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 19h52.
Londre - O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão do trono da Inglaterra, retornou esta quarta-feira ao Reino Unido, depois de uma missão de 20 semanas no Afeganistão como piloto artilheiro de helicópteros Apache, anunciou o Ministério da Defesa britânico.
O príncipe, de 28 anos, afirmou que estava "contente por estar de volta", pouco após sua chegada à base militar da Força Aérea Real (RAF) de Brize Norton, uma centena de quilômetros a noroeste de Londres.
"Foi fantástico, é uma experiência incrível", disse aos jornalistas, depois de dois dias de "descompressão" em outra base militar britânica, no Chipre.
O "capitão Wales", como é conhecido nas Forças Armadas, deixou na segunda-feira o Afeganistão, onde estava mobilizado desde 7 de setembro na província de Helmand (sul).
Durante sua permanência em Camp Bastion, o jovem príncipe revelou a jornalistas britânicos que pôs "fora de jogo" alguns talibãs de seu helicóptero equipado com mísseis ar-terra Hellfire, foguetes e uma metralhadora, cuja manipulação comparou ao de um controle de vídeo game.
Consultado a respeito esta quarta-feira, o filho caçula do príncipe Charles e da falecida princesa Diana, relativizou suas declarações.
"Pedem que você faça coisas que esperam que você faça quando veste este uniforme. Realmente, é tão simples quanto isto", declarou.
As declarações de Harry, divulgadas na segunda-feira, provocaram uma irascível reação dos talibãs, segundo os quais o príncipe tem "um problema mental".
"Há 49 países com seus poderosos exércitos fracassando em campo contra os mujahedines e agora vem o príncipe e compara esta guerra com seus jogos de PlayStation ou como quer que se chamem", declarou o porta-voz dos talibãs, Zabiulá Mujahid, à AFP.
Esta foi a segunda missão militar do príncipe Harry no Afeganistão, depois de uma primeira experiência de 10 semanas como controlador de caça-bombardeios em 2007-2008, interrompida por questões de segurança depois de a imprensa divulgar sua presença naquele país.