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Príncipe herdeiro no exílio aberto a papel na transição líbia

"O povo líbio é quem deve decidir se deseja seguir para uma monarquia constitucional ou uma república", declarou Mohammed el-Senoussi

Mohammed el-Senoussi, príncipe herdeiro da Líbia no exílio (Georges Gobet/AFP)

Mohammed el-Senoussi, príncipe herdeiro da Líbia no exílio (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 11h24.

Bruxelas - Mohammed el-Senoussi, príncipe herdeiro da Líbia no exílio, prometeu nesta quarta-feira que fará todo o possível para contribuir à criação de um Estado democrático no país, onde Muammar Kadafi se aferra ao poder, apesar da ofensiva dos rebeldes e da Otan.

"O povo líbio é quem deve decidir se deseja seguir para uma monarquia constitucional ou uma república", declarou o príncipe herdeiro em um discurso no Parlamento Europeu em Bruxelas.

A Constituição líbia de 1951, que estabelecia uma monarquia constitucional e designava como rei o tio de El-Senoussi, Mohammed Idris al-Mahdi el-Senoussi, "pode constituir a base de uma nova Líbia se for modernizada adequadamente", acrescentou.

"Meu papel é claro: independente do fato do povo desejar ou não uma monarquia constitucional, vou fazer todo o possível para contribuir a criar um Estado democrático para os líbios, fundado em um Parlamento representativo escolhido em eleições livres e justas", prometeu.

Sobre o Conselho Nacional de Transição (CNT), El-Senoussi afirmou ter "boas relações" com o órgão que reúne a rebelião contra Kadafi.

El-Senoussi, 48 anos, é sobrinho do rei pró-britânico Idriss I, destronado por Kadafi em um golpe de Estado em 1969. Seu pai emigrou pouco depois com a família a Londres.

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