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Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 18h54.
O nome do príncipe Andrew, da Grã-Bretanha, aparece num documento judicial dos Estados Unidos, no qual uma mulher alega que, antes de atingir a maioridade, foi escrava sexual de um investidor multimilionário de Wall Street.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o Palácio de Buckingham negou as afirmações feitas na última segunda-feira pela defesa da mulher no tribunal federal do distrito de West Palm Beach, na Flórida.
No processo, uma mulher identificada anonimamente como "Jane Doe #3" garante que Jeffrey Epstein a "forçou a manter relações sexuais" com o Duque de York em Londres, Nova York e em uma ilha privada do Caribe onde foi organizada uma orgia com menores de idade.
Epstein, conhecido amigo do príncipe, foi condenado em 2008 a 18 meses de prisão por requisitar serviços de prostituição a uma menor de idade e cumpriu sua pena na prisão. O milionário ainda figura como criminoso sexual.
A moção desta semana não é a primeira a trazer o nome de Andrew vinculado ao caso, mas as acusações desta vez foram suficientemente sérias para provocar um comunicado oficial por parte da família real britânica.
"Isto aparece numa longa batalha que ainda está em curso nos Estados Unidos, na qual o Duque de York não é parte envolvida", disse um porta-voz.
"Mesmo assim, para que não restem dúvidas, qualquer sugestão de ações inapropriadas com menores de idade é categoricamente falsa".
Segundo o processo, "Epstein ordenou que Jane Doe #3 desse ao príncipe o que ele quisesse e pediu que a jovem o informasse sobre os detalhes" do abuso sexual.
Não foram indicadas as datas destes supostos encontros, mas a mulher afirma que foi escrava sexual de Epstein de 1999 a 2002.
"Jane Doe #3" mencionou o príncipe Andrew numa moção que ela pediu que fosse incluída em uma ação civil contra procuradores federais que fizeram acordos com Epstein sobre sua pena sem consultar as vítimas, o que viola as leis norte-americanas.
Outro nome mencionado na requisição é o de Alan Dershowitz, um dos advogados de defesa de Epstein, com quem supostamente "Jane Doe #3" foi obrigada a manter relações sexuais.
O professor de Harvard e um dos juristas mais prestigiados dos Estados Unidos disse nesta sexta-feira à AFP que pode provar facilmente a falsidade desta acusação e que a mulher está apenas tentando extorquir seu ex-cliente.
"Tenho um milhão por cento de confiança de que a história sobre mim é falsa", disse. "Sou inocente e vou seguir em frente porque não tenho nada a esconder", afirmou Dershowitz.