Ali bin al-Hussein (e) e Joseph Blatter: na manhã desta quarta-feira, sete altos dirigentes da Fifa foram detidos por suspeitos de corrupção a pedido das autoridades americanas (AFP/ FABRICE COFFRINI, KARIM JAAFAR)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 13h52.
Zurique - "Não podemos continuar com esta crise na Fifa", alertou nesta quarta-feira o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, candidato de oposição ao presidente Joseph Blatter na eleição da próxima sexta-feira, em meio ao terremoto provocado pela detenção de altos dirigentes da entidade nesta quarta-feira, em Zurique.
"A Fifa precisa de uma liderança que governa, guia e protege as federações. Uma liderança que aceita a responsabilidade pelos seus atos e não rejeita a culpa em outros", afirmou o jordaniano num comunicado.
"A Fifa precisa de uma liderança que restaure a confiança em milhões de fãs de futebol ao redor do mundo", acrescentou o candidato de 39 anos, 40 a menos que Blatter.
"A crise já dura há muito tempo, e não se limita ao que aconteceu hoje", completou.
Na manhã desta quarta-feira, sete altos dirigentes da Fifa foram detidos por suspeitos de corrupção a pedido das autoridades americanas.
Ao mesmo tempo, num caso distinto, a Promotoria da Suíça apreendeu documentos eletrônicos na sede da Fifa, em uma investigação penal por suspeitas de "lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionadas à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Apesar das detenções, a eleição presidencial está mantida, e Blatter tem tudo para conseguir um quinto mandato.