Mundo

Principal alvo das tarifas sobre metais é a China, diz ex-assessora de comércio da Casa Branca

Trump assinou, neste mês, uma ordem impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, independentemente de sua origem

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa na Sessão de Trabalho dos Governadores no Salão de Jantar de Estado da Casa Branca em Washington, DC, em 21 de fevereiro de 2025. (Foto de Jim WATSON / AFP) (Jim WATSON/AFP)

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa na Sessão de Trabalho dos Governadores no Salão de Jantar de Estado da Casa Branca em Washington, DC, em 21 de fevereiro de 2025. (Foto de Jim WATSON / AFP) (Jim WATSON/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 07h24.

As tarifas sobre alumínio e aço impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são motivadas principalmente pela preocupação de que a China está inundando o mercado global e prejudicando a indústria americana, de acordo com uma ex-assessora de comércio da Casa Branca.

Neste mês, Trump assinou uma ordem impondo tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, independentemente de sua origem. Ele justificou a medida como necessária para fortalecer a produção nos EUA e gerar empregos. Essa decisão “reflete a preocupação de que as ações dos EUA até agora não foram suficientes para conter o excesso de capacidade nesses setores”, disse Kate Kalutkiewicz, que foi diretora sênior de política de comércio internacional no Conselho Econômico Nacional durante o primeiro mandato de Trump, à emissora canadense CBC.

"Elas (as tarifas) estão quase inteiramente relacionadas à China e às políticas e práticas não mercadológicas da China, que permitiram esse excesso global de oferta", acrescentou ela. As tarifas sobre metais devem entrar em vigor em 12 de março.

O governo Trump também aumentou a pressão sobre o México para que imponha suas próprias tarifas sobre importações da China, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg News. O Canadá já havia adotado tarifas de 25% sobre uma ampla gama de produtos de aço e alumínio chineses em outubro, também citando preocupações com o excesso de capacidade.

Kalutkiewicz, que agora lidera a área de comércio da consultoria McLarty Associates, adotou um tom mais otimista sobre o futuro da aliança comercial entre EUA, México e Canadá, que foi renegociada durante o primeiro mandato de Trump e transformada em lei em 2020.

"A relação econômica norte-americana é uma das mais, se não a mais, importante do mundo", disse ela", falou.

Segundo Kalutkiewicz, o objetivo de Trump ao impor “máxima pressão” sobre o Canadá e o México é garantir que os EUA obtenham as melhores condições no acordo comercial.

"Acredito que teremos uma discussão dinâmica sobre o futuro dessa relação. Mas me sinto bastante otimista em relação à sua natureza duradoura", disse.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)ComércioMetais

Mais de Mundo

Olaf Scholz descarta participar de governo de centro-direita

Friedrich Merz quer formar novo governo alemão até a Páscoa

'Seremos os primeiros': partido de extrema-direita cresce na Alemanha e pressiona governo

AfD não deve participar da próxima coalizão de governo da Alemanha