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Primeiro-ministro romeno fará reforma no governo do país

Após três meses no poder, o social-democrata Victor Ponta propôs mudanças em quatro ministérios, incluindo o de Interior, da Justiça e das Relações Exteriores

Victor Ponta: primeiro-ministro da Romênia anunciou que realizará ampla remodelação de seu governo (Flickr/Creative Commons)

Victor Ponta: primeiro-ministro da Romênia anunciou que realizará ampla remodelação de seu governo (Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2012 às 10h14.

Bucareste - O primeiro-ministro da Romênia, Victor Ponta, anunciou nesta segunda-feira que realizará uma ampla remodelação de seu governo, em plena crise política que o país atravessa, para buscar a destituição do presidente Traian Basescu.

Após três meses no poder, o social-democrata propôs hoje a seu parceiro liberal e presidente interino, Crina Antonescu, mudanças em quatro ministérios, incluindo o de Interior, da Justiça e das Relações Exteriores.

"O Governo deve dar outro tipo de mensagem, de estabilidade, de previsibilidade", disse Ponta, que, por sua vez, voltou a atacar o presidente suspenso Traian Basescu.

Essa decisão foi anunciada após as demissões do até agora ministro do Interior, Ioan Rus, e de seu adjunto, ambos envolvidos no escândalo do plebiscito sobre a destituição de Basescu, realizado no último dia 29 de julho, cuja validade será decida pelo Tribunal Constitucional (TC) no final deste mês.

Até o momento, a mudança mais significativa de Ponta em seu governo foi a mudança do deputado jurista Titus Corlatean, que deixou o ministério da Justiça para assumir o das Relações Exteriores.


Após os episódios que resultaram no processo de destituição de Basescu, iniciado pela maioria governamental, Corlatean deverá recuperar a credibilidade da Romênia no exterior.

Na última quinta-feira, o TC adiou a decisão sobre a validade do plebiscito, que contou com uma arrasadora maioria a favor da destituição de Basescu, mas não atingiu o quórum de participação necessário para que a consulta tenha efeito.

Diante das denuncias e das informações contraditórias entre o Instituto Nacional de Estatística (INS) e o Escritório Eleitoral Central sobre o censo eleitoral utilizado na consulta, a corte constitucional pediu ao governo que revise e reapresente os dados corretos do plebiscito para poder tomar uma decisão sobre a validade da consulta e, por consequência, o futuro de Basescu.

O plebiscito foi suspenso pela coalizão governamental entre social-democratas e liberais, que se basearam em números oferecidos pelo INS.

Segundo esta coalizão, as listas utilizadas não são válidas porque não estão atualizadas, já que, segundo os partidos governamentais, o país conta com aproximadamente 15 e 16 milhões de eleitores - e não 18 milhões, como foi observado no plebiscito.

Desta forma, os mais de 8 milhões de eleitores que votaram no último dia 29 de julho representariam mais da metade do eleitorado, o que garantiria a destituição de Basescu.

A decisão do TC sobre a validade do plebiscito dirá se Basescu deverá seguir em seu segundo e último mandato, que termina em 2014.

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