Mundo

Primeiro-ministro interino da Ucrânia pede ajuda à UE

Arseni Yatseniuk pediu ajuda urgente à União Europeia e ressaltou que Rússia deve demonstrar se deseja contribuir para estabilização ou para aumentar tensões

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: "esta não é uma crise apenas da Ucrânia, é uma crise de toda Europa" (Andrew Kravchenko/Pool/Reuters)

O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: "esta não é uma crise apenas da Ucrânia, é uma crise de toda Europa" (Andrew Kravchenko/Pool/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 10h14.

Bruxelas - O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, pediu "ajuda urgente" à UE nesta quinta-feira e ressaltou que a Rússia deve demonstrar se deseja "contribuir para estabilização ou para aumentar as tensões" em seu país.

"Esta não é uma crise apenas da Ucrânia, é uma crise de toda Europa", disse Yatseniuk ao término de um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Shulz.

A reunião entre ambos foi realizada pouco antes do início cúpula dos líderes do bloco europeu para abordar a crise na Ucrânia, na qual eles também estarão presentes.

Yatseniuk ressaltou que "há possibilidades políticas sobre a mesa, mas que tudo depende do que Rússia esteja disposta realmente a fazer: se deseja estabilizar a situação ou se, como sempre, será reticente para aumentar as tensões".

O líder ucraniano pediu às autoridades russas recuar o desdobramento de forças em seu território e reivindicou respeito aos tratados assinados entre ambos os países.

Além disso, o primeiro-ministro interino da Ucrânia pediu à Rússia que responda "se está preparada para preservar a paz e a estabilidade na Europa ou se vai instigar mais provocações e outras tensões em nossas relações bilaterais e multilaterais", acrescentou.

"Necessitamos urgentemente abordar este problema e estamos preparados para encontrar uma solução nos grupos de contato junto com os Estados Unidos, União Europeia e Rússia", assinalou.

Depois do encontro com Yatseniuk, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse ter abordado a "situação real" na Ucrânia, assim como as provocações registradas nos últimos dias por parte de soldados russos.


O principal responsável da Eurocâmara acredita que a ajuda de 11 bilhões de euros que a Comissão Europeia propôs para o novo governo de Kiev "estará disponível em caráter imediato", ao considerar "necessário fazer o possível para que o governo ucraniano possa fornecer aos cidadãos o apoio que necessitam para sobreviver".

Segundo Schulz, durante o encontro prévio à cúpula, eles também abordaram as "possíveis respostas" que o bloco europeu pode dar para apoiar a integridade territorial do país, explicando que, neste caso, a UE deve garantir a soberania da população ucraniana.

"Tudo o que atacar essa integridade e soberania merece uma resposta por parte da UE", disse o presidente do Parlamento Europeu, que indicou que uma lista de possíveis sanções também foi abordada no encontro com o primeiro-ministro interino ucraniano.

Os chefes de Estado e Governo da União Europeia abordarão hoje em uma cúpula extraordinária a situação na Ucrânia após o desdobramento de soldados russos na Crimeia e, inclusive, a possibilidade de oferecer uma ajuda de 11 bilhões de euros ao novo governo de Kiev se o mesmo se comprometer com as reformas necessárias.

A União Europeia tornou oficial hoje o congelamento durante um ano dos ativos do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, de seus filhos Alexander e Viktor, de quatro ex-ministros e de 11 autoridades supostamente responsáveis de desvio de fundos estatais. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaRússiaUcrâniaUnião Europeia

Mais de Mundo

Avião com 64 pessoas e helicóptero militar dos EUA colidem no ar em Washington, D.C

Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

'Não sou antivacina', diz Robert Kennedy Jr. no Senado americano

Governo Trump desiste de corte de repasses que barrou ao menos US$ 1 trilhão em recursos