Mundo

Primeiro-ministro de Portugal apresenta programa de governo

O Executivo liderado pelo atual primeiro-ministro, António Costa, explicará aos deputados hoje e amanhã qual é sua estratégia para o país


	Antonio Costa: entre as medidas do novo governo, se destaca a retirada gradual dos cortes salariais dos funcionários públicos
 (Rafael Marchante/Reuters)

Antonio Costa: entre as medidas do novo governo, se destaca a retirada gradual dos cortes salariais dos funcionários públicos (Rafael Marchante/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 09h53.

Lisboa - O novo governo socialista de Portugal apresenta nesta quarta-feira seu programa no parlamento, que inclui várias medidas que buscam reverter alguns dos ajustes e cortes aprovados na legislatura anterior.

O Executivo liderado pelo atual primeiro-ministro, António Costa, explicará aos deputados hoje e amanhã qual é sua estratégia para o país, já delineada em seu programa eleitoral e ligeiramente modificada após o acordo alcançado com as outras forças de esquerda após as eleições de 4 de outubro.

Este pacto inédito foi essencial para que os socialistas chegassem ao poder, pois junto com o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista e o ecologista Verdes, conseguiram formar maioria absoluta no plenário.

A união das quatro formações permitiu que o governo conservador de Pedro Passos Coelho - ganhador da última eleição parlamentar com seis pontos de vantagem sobre os socialistas - fosse derrubado com uma moção de desconfiança no parlamento, o que acabou forçando o presidente, o também conservador Aníbal Cavaco Silva, por um novo Executivo com António Costa como primeiro-ministro, apesar de ter mostrado publicamente suas reservas à esta solução.

Entre as medidas que o novo governo pretende implementar já em 2016, se destacam a retirada gradual dos cortes salariais dos funcionários públicos - até sua supressão total no final do ano - e voltar com a jornada de trabalho de 35 horas semanais, elevada para 40 horas em meados de 2013.

Também pretende eliminar progressivamente - entre 2016 e 2017- a contribuição especial de 3,5% que todos os trabalhadores do setor privado com salários mensais superiores a 1.350 euros pagam, e promete mudanças no imposto de renda para que quem ganha mais pague mais.

Na área fiscal, outra de suas propostas-bandeira é voltar atrás no IVA da restauração, dos atuais 23% para os 13% vigentes até 2012, quando foi elevado pelo Executivo conservador luso a pedido da troika para cumprir as condições de seu resgate financeiro.

Descongelar a previdência, aumentar o salário mínimo gradualmente nos próximos quatro anos, repor dois feriados retirados pelo governo anterior, reduzir as taxas cobradas dos usuários da saúde pública - que em Portugal é em sistema de co-participação - e reduzir o número de alunos por sala de aula são outras das medidas que o governo pretende aprovar.

Acompanhe tudo sobre:EuropaGovernoPiigsPortugal

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA