Estupro: um adolescente e sete homens — quatro deles policiais — foram acusados pelo crime (Danish Siddiqui/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2018 às 07h04.
Última atualização em 20 de abril de 2018 às 07h29.
O primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, chega nesta sexta-feira à Alemanha, onde se encontra com a chanceler Angela Merkel. Modi volta de uma viagem à Suécia e ao Reino Unido e, a convite de Merkel, fez uma parada na Alemanha.
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Segundo o ministério de Relações Exteriores da Índia, os dois irão discutir “questões globais, regionais e bilaterais, demonstrando a intenção de manter o momento de cooperação entre os dois países”.
Na Suécia, Modi participava da Cúpula Índia-Nórdica quando uma crise eclodiu em seu país. Uma garota de 8 anos foi estuprada e assassinada, um crime que chocou a Índia e causou protestos e manifestações que resultaram em problemas internos para o governo.
Com a erupção dos protestos, dois oficiais do alto escalão do governo chegaram a renunciar (eles haviam ido a protestos em favor dos suspeitos de cometer o crime), a Suprema Corte local se manifestou sobre o caso e a oposição tentou deixar Modi encurralado — o primeiro ministro manteve silêncio sobre o caso até que foi provocado por opositores.
Um adolescente e sete homens — quatro deles policiais — foram acusados pelo crime. A menina, de origem muçulmana, vivia em uma área de maioria Hindu, mesma religião dos suspeitos.
Esse é um conflito religioso marcado pela violência na Índia e que tem extrapolado nos últimos meses, atingido o radicalismo no país, até com o linchamento de pessoas que comem carne — as vacas são sagradas para os hindus.
A Índia é um país com 37 milhões de homens a mais do que mulheres e um severo histórico de casos de violência sexual.
Recentemente, a Polícia de Nova Deli se ofereceu a ensinar defesa pessoal para que mulheres pudessem se defender de atacantes. A parada na Alemanha só adia a necessidade de Modi encarar de vez este grave problema social em seu país.