Mundo

Premiê diz que ataques terroristas não intimidam Canadá

Stephen Harper disse que redobrará os esforços para combater o terrorismo

Equipes de segurança do Canadá em ação no parlamento, após ataque (Chris Wattie/Reuters)

Equipes de segurança do Canadá em ação no parlamento, após ataque (Chris Wattie/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 22h40.

Toronto - Dez horas depois do tiroteio dentro do parlamento canadense que deixou um soldado e o terrorista responsável pelo ataque morto, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, afirmou que o Canadá "não será intimidado" e que redobrará os esforços para combater o terrorismo.

Harper fez um anúncio transmitido pela televisão canadense de um local não revelado para condenar os dois ataques terroristas que o Canadá enfrentou nos últimos três dias, em referência à morte na segunda-feira perto de Montreal de outro soldado canadense, atropelado por um jovem "radicalizado".

"Pela segunda vez esta semana aconteceu um ataque brutal e violento em nosso território. Hoje nossos pensamentos e orações estão com a família e amigos do cabo Nathan Cirillo" disse Harper.

O primeiro-ministro canadense acrescentou que a morte na segunda-feira do suboficial Patrice Vincent, de 53 anos, foi causada por "um terrorista inspirado no Estado Islâmico".

As palavras de Harper são as primeiras de um membro do governo canadense a qualificar os ataques desta semana como "terroristas" e vinculados com o grupo extremista Estado Islâmico.

Os dois autores dos ataques de segunda-feira e de hoje, Martin Couture-Rouleau, e hoje, Michael Zehaf-Bibeau, são cidadãos canadenses que, segundo fontes dos serviços de segurança, se converteram recentemente ao Islã.

Tanto Couture-Rouleau como Zehaf-Bibeau foram abatidos pelas forças de segurança após os ataques.

Harper acrescentou que os dois incidentes são um alerta de que o "Canadá não é imune aos ataques terroristas que vemos em outras partes do mundo".

"Mas não seremos intimidados. O Canadá nunca será intimidado. Isto só reforçará nossa determinação e redobrará nossos esforços para tomar todas as medidas necessárias para identificar e enfrentar ameaças e manter o Canadá seguro" declarou Harper.

O primeiro ministro também assinalou que os ataques reforçarão a cooperação do Canadá com seus aliados "na luta contra organizações terroristas que brutalizam outros no exterior com a esperança de trazer sua selvageria para cá".

Na terça-feira, seis aviões de combate canadenses CF-18 Hornet partiram da base no Canadá com destino ao Golfo Pérsico para se unirem às forças que bombardeiam as posições do Estado Islâmico no Iraque.

A missão de combate foi criticada pelos partidos da oposição a Harper. Mas o primeiro-ministro canadense justificou na semana passada o envio afirmando que o Estado Islâmico representava uma ameaça à segurança do país.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasCanadáPaíses ricosseguranca-digitalTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA