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Preso 2º homem em caso de estupro de criança na Índia

Prisão não foi suficiente para conter os protestos contra a incompetência e a corrupção policial


	Manifestante durante um protesto do lado de fora da sede da polícia em Nova Deli, Índia
 (Adnan Abidi/Reuters)

Manifestante durante um protesto do lado de fora da sede da polícia em Nova Deli, Índia (Adnan Abidi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 12h37.

Nova Deli - A polícia indiana prendeu um segundo homem, nesta segunda-feira, suspeito de ligação com o estupro e tortura de uma menina de 5 anos de idade, em Nova Deli, mas isso não foi suficiente para conter os protestos contra a incompetência e a corrupção policial.

Os vizinhos da menina dizem que a criança foi raptada na segunda-feira da semana passada em um beco do lado de fora de sua casa, em um bairro de classe média baixa, e mantida em cativeiro por dois homens em um porão. Eles dizem que a encontraram dois dias depois ao ouvir seus gritos.

Um vídeo que mostra um policial batendo em uma jovem manifestante alimentou a indignação, junto com a alegação da família de que os oficiais ofereceram-lhe 2.000 rupias (37 dólares) em suborno para silenciar o caso, o que atrasou a busca pela menina por várias horas.

https://youtube.com/watch?v=mjEqy4qYAho%3Ffeature%3Dplayer_detailpage

Em sua primeira entrevista à imprensa sobre o estupro, o chefe de polícia de Délhi, Neeraj Kumar, resistiu aos apelos crescentes por sua renúncia. Ele afirmou que suspendeu o policial flagrado nas imagens divulgadas no vídeo, junto com dois oficiais superiores da delegacia de polícia.

O nome da menina de 5 anos de idade não foi revelado, mas a mídia já a apelidou de "Gudiya", ou boneca. Ela passou por uma cirurgia e apresentava quadro estável na segunda-feira, disse a repórteres um médico do hospital onde está internada.

A indignação pública com o caso faz reviver os protestos que tomaram aos ruas depois do estupro coletivo da jovem de 23 anos em um ônibus, no dia 16 de dezembro. A jovem morreu vítima dos ferimentos. O ataque levou milhares às ruas em protesto e colocou a questão da violência de gênero na agenda política nacional um ano antes das eleições.

Os protestos de agora, no quarto dia, estão sendo menores. Os manifestantes, no entanto, montaram barricadas perto do Parlamento na segunda-feira, e dizem que estão revoltados com as autoridades que não conseguiram evitar o ataque.

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