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Presidente ucraniano promulga lei marcial após tensão com a Rússia

A lei vale em 10 regiões fronteiriças do país e nas regiões costeiras do Mar Negro e Azov, depois que a Rússia capturou navios ucranianos no último domingo

 (Gleb Garanich/Reuters)

(Gleb Garanich/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 14h51.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, decretou nesta quarta-feira a lei marcial, introduzida na Ucrânia em um contexto de tensão crescente com a Rússia, anunciou seu porta-voz.

"O presidente Poroshenko assinou a lei", anunciou no Facebook Svyatoslav Tsegolko sobre a lei aprovada na segunda-feira pelo Parlamento ucraniano e que deve valer por 30 dias em dez regiões fronteiriças e costeiras.

O texto adotado pelos deputados ratificou um decreto presidencial neste sentido assinado na segunda-feira.

No entanto, ainda há dúvidas sobre a entrada em vigor da lei marcial, com algumas estruturas oficiais ucranianas mencionando esta quarta-feira e outras afirmando que ela entrou em vigor na segunda-feira. O porta-voz da presidência não estava disponível para esclarecer esta situação.

A lei marcial foi introduzida em 10 regiões fronteiriças do país e nas regiões costeiras do Mar Negro e Azov, na sequência de um incidente armado entre navios de ambos os países ao largo da costa da Crimeia no domingo.

"Devemos todos estar prontos para repelir a agressão de nosso inimigo que, até pouco tempo, era apenas nosso vizinho", declarou nesta quarta-feira o chefe do governo ucraniano, Volodymyr Groisman, ao abrir o Conselho de ministros.

Este movimento já levou a UEFA a anunciar na terça-feira a mudança da partida da Liga Europa entre os clubes ucranianos FC Vorskla e Arsena. Previsto para Poltava (centro), que não será afetada peça lei marcial, foi transferida para Kiev por "razões de segurança".

As autoridades ucranianas asseguraram que a lei marcial, que torna possível mobilizar os cidadãos, controlar os meios de comunicação e limitar os encontros públicos, é essencialmente "preventiva".

"O objetivo da lei marcial é mostrar que o inimigo vai pagar caro se decidir nos atacar. Esta será uma ducha fria que vai parar os loucos que pretendem atacar a Ucrânia", disse na terça-feira à noite o presidente Poroshenko.

O ministério da Defesa deve realizar uma coletiva de imprensa esta tarde para explicar como a lei marcial será aplicada nas forças armadas.

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