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Presidente ucraniano justifica simulação de assassinato de jornalista

"Se queremos proteger a liberdade de imprensa, se queremos proteger os jornalistas, devemos utilizar este tipo de técnica", afirmou Poroshenko

Lista: as autoridades ucranianas afirmaram que o detido tinha uma suposta lista de 30 pessoas para assassinar na Ucrânia e em outros países da União Europeia (Vitalii Nosach/Reuters)

Lista: as autoridades ucranianas afirmaram que o detido tinha uma suposta lista de 30 pessoas para assassinar na Ucrânia e em outros países da União Europeia (Vitalii Nosach/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de junho de 2018 às 10h55.

O presidente ucraniano Petro Poroshenko defendeu a simulação, muito criticada, do assassinato do jornalista russo Arkadi Babchenko em uma entrevista ao jornal espanhol El País.

"Seria melhor se o serviço secreto russo matasse o jornalista?", rebateu Porochenko ao ser questionado sobre a encenação que, segundo Kiev, permitiu frustrar uma tentativa de assassinato real contra o jornalista, um grande crítico de Vladimir Putin.

"Se queremos proteger a liberdade de imprensa, se queremos proteger os jornalistas, devemos utilizar este tipo de técnica", afirmou Poroshenko.

A polícia ucraniana anunciou no dia 29 de maio a morte de Babchenko, mas no dia seguinte o jornalista apareceu em uma entrevista coletiva organizada pelos serviços de segurança.

"O serviço secreto ucraniano prenderam o culpado e em breve demonstrarão de onde recebeu o dinheiro, as ordens, as listas de jornalistas a matar", declarou Poroshenko ao El País.

As autoridades ucranianas afirmaram que o detido tinha uma suposta lista de 30 pessoas para assassinar na Ucrânia e em outros países da União Europeia.

Poroshenko afirmou que não informou pessoalmente os outros governos, mas que os "serviços especiais neste nível cooperam entre si".

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