O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, em anúncio sobre a suspensão das trocas comerciais com a Coreia do Norte. (.)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2010 às 09h53.
Seul - O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, anunciou hoje a suspensão dos intercâmbios comerciais com a Coreia do Norte e exigiu desculpas do regime comunista de Pyongyang por torpedear uma corveta sul-coreana e matar 46 marinheiros em março.
Em discurso televisado, Lee confirmou também que Seul levará o caso perante o Conselho de Segurança da ONU para reivindicar sanções a Pyongyang, e advertiu que seu Governo tomará medidas de autodefesa em caso de "uma nova provocação" norte-coreana.
O presidente sul-coreano fez estas declarações depois que na quinta-feira uma equipe internacional de investigadores concluiu que foi um torpedo norte-coreano que afundou a corveta "Cheonan" no dia 26 de março e matou 46 de seus 104 tripulantes.
Lee insistiu em que o ataque foi uma "provocação militar" norte-coreana e exigiu de Pyongyang que castigue imediatamente os responsáveis e aqueles que estiveram envolvidos no que definiu como uma agressão "de surpresa". Também reivindicou desculpas imediatas do regime norte-coreano à Coreia do Sul "e à comunidade internacional".
Além de suspender os intercâmbios comerciais, o presidente sul-coreano anunciou a proibição de navegação de navios norte-coreanos em águas sob controle sul-coreano, que até agora se permitia em virtude do Acordo Intercoreano de Transporte Marítimo.
Lee, no entanto, ressaltou que o objetivo sul-coreano "não é um confronto militar" entre as duas Coreias, mas a estabilidade e a paz na península, dividida e confrontada desde a final da Guerra da Coreia (1950-1953).
Por isso, o presidente sul-coreano pediu que o regime comunista de Pyongyang mude sua postura para solucionar o problema da península coreana. O afundamento do navio foi o incidente mais grave ocorrido na disputada fronteira marítima do Mar Amarelo entre as duas Coreias desde o fim da Guerra da Coreia.
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