Mundo

Presidente sul-coreano afastado culpa a oposição por sua fracassada lei marcial

Em uma audiência no tribunal que julga seu impeachment pedido pelo Parlamento, Yoon disse que a oposição nunca o respeitou como presidente

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol (AFP)

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 10h00.

Tudo sobreCoreia do Sul
Saiba mais

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, culpou a oposição "maliciosa" por sua decisão de declarar lei marcial, dizendo à Corte Constitucional nesta terça-feira que seus adversários tinham planos de "destruir" seu governo.

Em uma audiência no tribunal que julga seu impeachment pedido pelo Parlamento, Yoon disse que a oposição nunca o respeitou como presidente.

"Não importa o quanto não gostem de mim, é o princípio do diálogo e o compromisso de me ouvir e me aplaudir pelo meu discurso sobre o orçamento no Parlamento", disse Yoon, 64 anos.

No entanto, ele disse que a oposição nem sequer entrou na sessão legislativa e ele teve que fazer seu discurso diante de um salão quase vazio.

Yoon, ex-promotor, mergulhou o país em uma crise política ao declarar lei marcial em 3 de dezembro, suspendendo o governo civil e enviando militares ao Parlamento.

A medida durou apenas seis horas, já que os deputados, a maioria da oposição, ignoraram os soldados e entraram no Parlamento para rejeitar a lei marcial e, em seguida, remover Yoon.

O ex-presidente foi preso em janeiro sob acusações de insurreição, enquanto a Corte Constitucional decide se ratifica o impeachment.

Yoon disse que a atitude da oposição em relação ao seu discurso sobre o orçamento foi "profundamente maliciosa" e revelou sua intenção de "destruir meu governo".

Ele reclamou que em outra sessão, deputados da oposição "viraram as costas (...) e se recusaram a apertar minha mão".

Em sua declaração de lei marcial, Yoon chamou os opositores de "elementos contrários ao Estado" que buscam uma insurreição.

Yoon deve comparecer a uma nova audiência na quinta-feira, que deve ser a última antes que o tribunal decida se mantém sua destituição. Se isso acontecer, a Coreia do Sul terá que realizar uma nova eleição presidencial dentro de 60 dias.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do SulImpeachment

Mais de Mundo

Trump cita Brasil como 'exemplo de segurança eleitoral'

Falha de segurança nos EUA abre discussão interna sobre tema no país

Trump deve impor tarifas sobre cobre já nas próximas semanas, diz site

Trump diz que fará anúncio de 'negócio histórico' nesta quarta-feira