Mundo

Presidente sérvio pede perdão pelo massacre de Srebrenica

O massacre foi cometido pelas forças sérvias em julho de 1995 e considerado um genocídio pela justiça internacional


	O presidente sérvio, Tomislav Nikolic: "me ajoelho e peço que perdoem a Sérvia pelo crime cometido em Srebrenica", declarou
 (Andrej Isakovic/AFP)

O presidente sérvio, Tomislav Nikolic: "me ajoelho e peço que perdoem a Sérvia pelo crime cometido em Srebrenica", declarou (Andrej Isakovic/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 13h42.

Sarajevo - O presidente sérvio, Tomislav Nikolic, pediu perdão pelo massacre de Srebrenica (leste da Bósnia), cometido pelas forças sérvias em julho de 1995 e considerado um genocídio pela justiça internacional, segundo trechos de uma entrevista que será exibida em 7 de maio pela televisão pública bósnia (BHT).

"Me ajoelho e peço que perdoem a Sérvia pelo crime cometido em Srebrenica", declarou Nikolic.

Os trechos da entrevista foram divulgados no YouTube. Uma fonte da presidência sérvia confirmou à AFP as declarações de Nikolic.

Nikolic, um nacionalista populista que passou a adotar recentemente um discurso pró-europeu, provocou grande consternação em junho do ano passado na Bósnia e nos países ocidentais ao declarar que não havia acontecido um genocídio em Srebrenica.

Nos trechos da entrevista é possível observar Nikolic a ponto de pronunciar a palavra "genocídio", quando pede desculpas antes de mudar de ideia e falar "crime".

Em 11 de julho de 1995, meses antes do fim da guerra civil na Bósnia de 1992-95, as tropas sérvias da Bósnia assumiram o controle de Srebrenica, uma área muçulmana que em 1993 havia sido proclamada "zona protegida" pela ONU.

Em poucos dias foram assassinados quase 8.000 homens e adolescentes, em um massacre considerado genocídio pela justiça internacional.

Acompanhe tudo sobre:EuropaGuerrasMassacresSérvia

Mais de Mundo

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições

Zelensky quer que guerra contra Rússia acabe em 2025 por 'meios diplomáticos'

Macron espera que Milei se una a 'consenso internacional' antes da reunião de cúpula do G20