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Presidente peruano Kuczynski renuncia e diz que haverá transição ordenada

Kuczynski rejeitou as acusações de corrupção "nunca comprovadas" e disse esperar que com sua renúncia se inicie novo capítulo

Kuczynski: presidente disse que deixou cargo para deixar para trás um clima de "ingovernabilidade" no país (Mariana Bazo/Reuters)

Kuczynski: presidente disse que deixou cargo para deixar para trás um clima de "ingovernabilidade" no país (Mariana Bazo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2018 às 17h20.

Última atualização em 21 de março de 2018 às 17h29.

Lima - O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, anunciou nesta quarta-feira sua renúncia ao cargo e afirmou que haverá uma transição constitucional ordenada para deixar para trás um clima de "ingovernabilidade" no país.

Em mensagem gravada e transmitida pela televisão, Kuczynski rejeitou as acusações de corrupção "nunca comprovadas" e disse esperar que com sua renúncia se inicie novo capítulo em direção ao progresso e à justiça no país.

Kuczynski vinha resistindo à renuncia desde dezembro, quando o partido de oposição Força Popular --liderado por Keiki Fujimori, sua rival de campanha derrotada-- revelou suas conexões financeiras com a brasileira Odebrecht no centro de um grande escândalo de corrupção.

A decisão de Kuczynski de deixar cargo ocorreu no momento em que parlamentares da Força Popular continuaram a divulgar gravações secretas que pareciam mostrar seus aliados oferecendo aos congressistas da oposição lucrativos contratos de trabalho público em troca de apoio político.

 

O governo de Kuczynski negou as alegações de compra de votos depois que a primeira série de vídeos foi divulgada na noite de terça-feira.

Os mercados, que tinham comemorado a ascensão de Kuczynski ao poder, reagiram em alta já com as primeiras notícias de que ele estaria deixando o cargo, em meio a expectativas de que o vice-presidente Martin Vizcarra o substitua em breve e coloque fim a meses de incerteza política no maior produtor de cobre do mundo.

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