Lula e Alckmin embarcam para China nesta terça-feira, 11 (Ricardo Stuckert/Planalto/Divulgação)
Publicado em 26 de outubro de 2024 às 18h26.
Última atualização em 26 de outubro de 2024 às 19h05.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá à 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), que acontece entre 11 e 22 novembro em Baku, no Azerbaijão. O país deve ser representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, segundo a Secretaria de Comunicação Social do governo federal.
Os rumores de que o presidente não iria ao evento cresceram após ele não comparecer à Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas (COP16) em Cali na Colômbia, que começou 21 de outubro e termina em 1º de novembro.
Lula era aguardado no evento para participar de discussões de alto nível juntamente a outros 10 chefes de Estado. Na sexta-feira, 25, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou a pouca presença de governantes estrangeiros no evento e citou nominalmente o presidente brasileiro, que é um de seus maiores aliados na região.
"Vocês falam de mudanças climáticas e, sem dúvidas, é uma questão sobre a qual devemos discutir. O New York Times afirma que a COP16 é a mais importante da história em termos de biodiversidade. O povo se reuniu, mas não os governantes, e nem mesmo Lula me acompanhou", disse Petro durante uma conferência de ministros do Trabalho da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Bogotá.
Havia grande expectativa de que Lula anunciasse, durante a COP29, o presidente da COP30, que acontecerá em 2025 em Belém, no Pará. A indicação está atrasada, o que causa apreensão entre delegados dos países e de organizações sociais.
Hoje, aposta-se que o embaixador André do Lago, chefe da delegação brasileira na COP16 e na COP29, seja o indicado para ocupar essa posição. O nome da secretária de Mudança do Clima do Ministério de Meio de Ambiente (MMA), Ana Toni, também circula reservadamente.
Na sexta-feira, 25, o presidente Lula realizou exames médicos e, de acordo com o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, seu quadro é estável. Segundo o boletim, Lula está apto a exercer sua "rotina de trabalho em Brasília". O uso da expressão "em Brasília" foi interpretado como um sinal de que a equipe médica não recomenda viagens ao mandatário.
Uma nova avaliação está programada para ocorrer em cinco dias.
Lula caiu no sábado passado, 19, e machucou a parte de trás da cabeça. Lula estava apenas com a primeira-dama Janja da Silva quando teve a queda. Segundo relatos, ele estava sentado em um banco, escorregou, caiu e bateu a cabeça. Precisou levar cinco pontos.
Por recomendação médica após uma reavaliação feita no domingo, 20, o presidente cancelou sua viagem a Rússia para a 16ª Cúpula dos Brics.