O presidente peruano, Ollanta Humala, encontra-se com a chanceler alemã, Angela Merkel (Adam Berry/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2014 às 17h01.
Berlim - O presidente peruano, Ollanta Humala, assistiu nesta segunda-feira, em Berlim, a uma reunião prévia sobre a cúpula do clima que se celebra no fim do ano em Lima, que - assegurou - deve estabelecer as bases para um acordo final na luta contra o aquecimento global.
A reunião de Lima será um passo "importante" rumo a este acordo final, disse Humala, que participou ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, do chamado Diálogo de Petersberger, uma reunião informal para preparar a Conferência das Partes sobre o Clima (COP20).
Peru organiza a COP20 em dezembro próximo, com a participação de representantes de 194 países.
A COP20 de Lima preparará o novo acordo que deverá ser fechado na COP21 de Paris, no fim de 2015.
O desafio é alcançar o objetivo da ONU de limitar a 2ºC a elevação da temperatura média do planeta com relação aos níveis pré-industriais.
É a "última oportunidade" para dar uma imagem ao mundo de que estamos no bom caminho, disse Humala, em uma rápida intervenção.
Merkel concordou com o presidente peruano: "os anos 2014 e 2015 serão muito importantes para a proteção do planeta", afirmou. "As consequências podem ser devastadoras, se não agirmos agora", acrescentou a chanceler.
Diante de um auditório berlinense, no qual estavam representados 35 países, Humala disse estar "certo" de que a COP20 de Lima estabelecerá os fundamentos para chegar, um ano depois, a um acordo na COP21 de Paris.
No entanto, o presidente peruano pediu "justiça" na luta contra as mudanças climáticas, diante das quais não podem ser colocados no mesmo plano países industrializados e em desenvolvimento.
Resolver este tema - que requer, entre outras vias, a redução de emissões de CO2 - é um "desafio" e um "assunto político", alegou Humala.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o objetivo alcançado de um aquecimento de até 2°C com relação à época pré-industrial pode representar um corte do crescimento econômico mundial de 0,2% a 2% do PIB global.
O Diálogo de Petersburg foi inaugurado nesta segunda-feira na capital alemã pela ministra de Meio Ambiente, Barbara Hendricks, e pelo colega peruano, Manuel Pulgar-Vidal. A reunião prosseguirá nesta terça-feira.