Rodrigo Duterte: o índice de pobreza nas Filipinas, sobre a base de US$ 3,1 diários, estava em 37,6% da população em 2012 (Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2016 às 12h32.
Manila - O novo presidente das Filipinas, o controverso Rodrigo Duterte, compartilhou nesta quinta-feira seu primeiro jantar como chefe de Estado com os mais moradores do bairro de Tondo, uma das zonas mais pobres e subdesenvolvidas do país.
Centenas de famílias receberam o líder, de 71 anos de idade, no complexo esportivo de Delpan, onde foi montado para o banquete longas fileiras de mesas brancas e cadeiras de plástico da mesma cor.
A secretária de Bem-Estar Social, Judi Taguiwalo, explicou à imprensa que foi um pedido pessoal de Duterte de jantar nesta noite com os pobres, que foram o centro de sua campanha eleitoral, segundo o jornal "Inquirer".
O índice de pobreza nas Filipinas, sobre a base de US$ 3,1 diários, estava em 37,6% da população em 2012, segundo dados do Banco Mundial.
O novo líder ganhou as eleições presidenciais de 9 de maio com mais de 16,6 milhões de votos, cerca de 7 milhões a mais que o segundo.
Duterte, que foi durante 22 anos prefeito de Davao, ganhou a confiança dos filipinos com a promessa de lutar contra o crime e as drogas, considerados dois dos maiores problemas do país por seus cidadãos.
"Sei que há quem não aprove meus métodos de luta contra o crime e contra a venda de drogas ilegais e a corrupção. Dizem que meus métodos são pouco ortodoxos", disse hoje o político durante seu discurso de posse.
"Vi como as drogas ilegais destroem pessoas e famílias (...) Vi como o crime rouba dos inocentes todas suas economias", afirmou Duterte, partidário das execuções extrajudiciais de delinquentes e narcotraficantes.
No entanto, a primeira ordem presidencial, bem recebida pela comunidade empresarial, foi para simplificar os trâmites administrativos e para respeitar todos os contratos nacionais e internacionais assinados.
O primeiro presidente das Filipinas natural da sulina ilha de Mindanao ocupará o cargo durante um mandato único de seis anos, o limite estabelecido pela Constituição filipina.