Iván Duque: "Parte do fortalecimento do sistema interamericano é respaldar a Carta Democrática (da OEA) como instrumento regional para a promoção e o fortalecimento da democracia" (Nacho Doce/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de junho de 2018 às 19h22.
Washington - O presidente eleito da Colômbia, Iván Duque, pediu nesta sexta-feira que os países da região deixem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) porque a organização se tornou "cúmplice da ditadura da Venezuela".
As declarações foram dadas por Duque depois de uma reunião em Washington com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
"Manifestei a Almagro meu desejo de seguir fortalecendo o sistema interamericano e que, nesse sentido, os países da América do Sul tem que avançar muito. Primeiro, convidando-os à retirada (da Unasul). A Unasul foi uma organização que realmente se transformou em uma cúmplice da ditadura da venezuelana", disse Duque.
"Parte do fortalecimento do sistema interamericano é respaldar a Carta Democrática (da OEA) como instrumento regional para a promoção e o fortalecimento da democracia", completou o presidente eleito.
Em abril, seis dos países-membros da Unasul (Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru) suspenderam sua participação na organização de forma indefinida devido à discordância sobre o funcionamento.
A Unasul, com sede em Quito, está formada por 12 países da América do Sul. A criação da organização foi promovida, entre outros, pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Durante a campanha eleitoral, Duque já expressou desejo de a Colômbia deixar a Unasul por ser uma "espécie de cúmplice silencioso da ditadura da Venezuela".
Duque, do Centro Democrático, partido do ex-presidente Álvaro Uribe, venceu as eleições do último dia 17 de junho e toma posse no dia 7 de agosto para um mandato até 2022.