Tropas do Quênia dentro do shopping Westgate tentam controlar um ataque islamita: presidente queniano garantiu que as perdas causadas por esta crise foram "imensas" (Nichole Sobecki/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 14h53.
Nairóbi - O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou nesta terça-feira o fim da ocupação do centro comercial de Nairóbi que sofreu um ataque de radicais islâmicos no último sábado e cujo fim ocorreu com a morte de cinco terroristas e a prisão de outros 11.
"Envergonhamos e derrotamos nossos agressores", afirmou Kenyatta em pronunciamento à nação transmitido pela TV, ressaltando ainda que as perdas causadas pela ação terrorista foram "imensas".
O chefe de Estado revelou que, além dos cinco terroristas mortos, 61 civis e seis soldados quenianos tiveram mortes confirmadas, e outras 62 pessoas estão internadas.
No entanto, o presidente advertiu que três andares do centro comercial Westgate desabaram e que há corpos entre os escombros, entre eles de alguns dos terroristas.
Além disso, Kenyatta afirmou que 11 pessoas com relação com o ataque, iniciado no sábado por integrantes do grupo Al Shabab, foram detidas.
"Estes covardes responderão na Justiça", ressaltou.
Kenyatta declarou três dias de luto nacional, que começarão amanhã e durante os quais as bandeiras serão hasteadas a meio mastro em todo o país.
A ocupação do centro comercial, um dos mais luxuosos de Nairóbi, foi a pior ação terrorista que o Quênia sofreu desde o atentado de 1998 à embaixada dos Estados Unidos, que deixou mais de 200 mortos.
*Matéria atualizada às 14h53