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Presidente do Peru reitera que não recebeu dinheiro da Odebrecht

Kuczynski foi primeiro-ministro durante o governo de Toledo, a quem a Odebrecht afirma ter pago propinas milionárias para conseguir concessão

Kuczynski: declarou que não assinou o decreto que autorizou a concessão da obra porque não estava em Lima naquele momento (Mariana Bazo/Reuters)

Kuczynski: declarou que não assinou o decreto que autorizou a concessão da obra porque não estava em Lima naquele momento (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 07h58.

Lima - O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, afirmou nesta terça-feira que não recebeu nada da Odebrecht, ao ser consultado sobre a propina que a companhia garante ter pago a funcionários do país entre 2005 e 2014.

"Vi (Marcelo) Odebrecht uma vez no Palácio de Governo há 15 anos, sinto muito que sua empresa esteja com problemas, mas aqui não recebemos nada deles", afirmou o governante em entrevista à emissora "RPP Noticias".

Kuczynski foi primeiro-ministro e titular de Economia durante o governo de Alejandro Toledo (2001-2006), a quem a Odebrecht afirma ter pago propinas milionárias para conseguir a concessão para a construção de dois trechos da estrada Interoceânica sul.

O atual presidente peruano declarou que não assinou o decreto que autorizou a concessão da obra porque não estava em Lima naquele momento.

Por causa da denúncia de lavagem de dinheiro, Toledo tem uma ordem de prisão preventiva por 18 meses no Peru, que está sendo tramitada pela Justiça para conseguir sua extradição dos Estados Unidos, onde reside há vários anos.

Kuczynski disse que Toledo o parabenizou quando assumiu a presidência em 2016, mas que não conversou mais com ele "desde que começou a se falar de sua extradição".

O presidente disse não temer as represálias de Toledo e de sua esposa Elianne Karp, que o ameaçou ao afirmar que sabe muito sobre ele, diante de uma provável extradição ao Peru.

Sobre a ex-procuradora ad hoc para a "Lava Jato" no Peru, Katherine Ampuero, que pediu que Kuczynski fosse investigado por supostos vínculos com a Odebrecht, o governante disse hoje que ele não a conhecia e que não pediu sua saída à ministra da Justiça, Marisol Pérez.

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