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Presidente do Peru fecha Congresso, convoca eleições e aprofunda crise

Decisão, que não ocorria há mais de 27 anos no Peru, veio após prolongado enfrentamento do governo com a oposição

Martín Vizcarra: presidente peruano fechou o Congresso no país e convoca eleições (Presidência peruana/Divulgação/Reuters)

Martín Vizcarra: presidente peruano fechou o Congresso no país e convoca eleições (Presidência peruana/Divulgação/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 21h31.

Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 15h44.

O presidente peruano, Martín Vizcarra, dissolveu nesta segunda-feira, 30, o Congresso, após um prolongado enfrentamento com a oposição no que constitui o choque recente mais profundo entre os poderes do Estado, com uma decisão que não ocorria há mais de 27 anos.

Em uma mensagem à nação do palácio presidencial, Vizcarra disse que se negou a ele um voto de confiança antes solicitado, por isso "decidi dissolver o Congresso e convocar eleições de congressistas da República". O Congresso respondeu de forma imediata e apresentou em uma sessão legislativa um pedido de vacância presidencial.

Segundo a Constituição do Peru, um presidente pode fechar o Congresso e convocar eleições para eleger novos congressistas, caso o Legislativo rejeite em duas oportunidades um voto de confiança. O Parlamento atual já havia negado um voto de confiança ao governo durante a gestão de Pedro Pablo Kuczynski, que Vizcarra substituiu após a renúncia daquele por acusações de vínculos com a construtora brasileira Odebrecht.

Vizcarra assumiu o poder em março de 2018, substituindo Kuczynski, e seu mandato tem fim previsto para 2021. Fonte: Associated Press.

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