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Presidente do Parlamento iraquiano pede renúncia do governo

Após os últimos episódios de violência no país, o parlamentar propôs a realização de eleições legislativas antecipadas para definir um novo governo


	Soldados no Iraque: o país viveu nos últimos dias um aumento da tensão sectária com confrontos entre milicianos sunitas e forças de segurança
 (AFP)

Soldados no Iraque: o país viveu nos últimos dias um aumento da tensão sectária com confrontos entre milicianos sunitas e forças de segurança (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 12h34.

Bagdá - O presidente do Parlamento iraquiano, Osama al Nuyeifi, propôs a renúncia do governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki e a realização de eleições legislativas antecipadas após os últimos episódios de violência no país.

Segundo um comunicado divulgado hoje pelo escritório de Al Nuyeifi, essa proposta inclui a demissão do Gabinete atual e a formação de um governo provisório e composto por ministros independentes, que não poderão participar das próximas eleições.

A Comissão Suprema Eleitoral iraquiana se encarregaria de preparar a realização de eleições parlamentares e o Parlamento atual seria dissolvido, segundo tal iniciativa.

Nuyeifi explicou no comunicado que dirigiu esta proposta a todos os partidos políticos representados no Parlamento para que a avaliem e proponham as mudanças que sejam necessárias.

O Iraque viveu nos últimos dias um aumento da tensão sectária com confrontos entre milicianos sunitas e forças de segurança depois que no último dia 23 forças iraquianas atacaram uma praça onde estavam manifestantes na zona de Al Hueiya, o que causou a morte de pelo menos 26 pessoas.

Pelo menos 21 pessoas morreram hoje e 87 ficaram feridas na explosão de cinco carros-bomba em zonas de maioria xiita no sul do Iraque.

Desde dezembro passado, várias províncias de maioria sunita foram cenário de protestos contra o governo do xiita al-Maliki, que acusam de discriminação.

Os sunitas também exigem a libertação dos detidos sem acusações, a anulação da lei antiterrorista e a suspensão de penas de morte, entre outros pedidos.

No sábado passado, o primeiro-ministro Nouri al-Maliki denunciou que a violência por motivos religiosos que castigou anos atrás o Iraque retornou ao país 'não por mera casualidade mas com planos estudados' e advertiu que o sectarismo não conhece limites. 

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