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Presidente do Paraguai se diz contrário à legalizar maconha

"Para mim é a primeira porta de contato com entorpecentes. A maconha é a porta de entrada para as outras drogas", disse Horacio Cartes


	Horacio Cartes: presidente esclareceu que respeita divergência de opiniões sobre legalização, mas insistiu que nunca poderá ser a favor da mesma por "convicção própria"
 (Getty Images)

Horacio Cartes: presidente esclareceu que respeita divergência de opiniões sobre legalização, mas insistiu que nunca poderá ser a favor da mesma por "convicção própria" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 17h14.

Assunção - O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, se mostrou contrário nesta quinta-feira à legalização da maconha em seu país, medida adotada recentemente no Uruguai, e acrescentou que seu consumo é uma entrada para outras drogas.

"Para mim é a primeira porta de contato com entorpecentes. A maconha é a porta de entrada para as outras drogas", disse Cartes aos jornalistas em declarações divulgadas no site da Presidência.

O presidente esclareceu que respeita as divergência de opiniões sobre a legalização, mas insistiu que nunca poderá ser a favor da mesma por "convicção própria".

"Fiquei mal de ver ex-companheiros de colégio, vi gente que faleceu, em estado realmente lamentável (..) pelas minhas próprias convicções, não sou a favor. Para mim continua sendo um entorpecente", sustentou.

O Paraguai é o segundo maior produtor de maconha do mundo, somente atrás do México, segundo dados da governamental Secretária Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).

No final de dezembro, o chefe da Senad, Luis Rojas, declarou à Agência Efe que a legalização no Uruguai provocará o aumento de seu tráfico desde o Paraguai.

O Senado uruguaio ratificou em 11 de dezembro um projeto de lei aprovado em julho pela Câmara dos Deputados que regulariza a produção e venda de maconha no país, onde seu consumo já era legal desde fazia quatro décadas.

As organizações dedicadas ao narcotráfico no Paraguai produzem anualmente cerca de 48 mil toneladas de maconha, segundo dados da Senad de setembro de 2013.

Cerca de 80% de sua produção se dirige ao mercado brasileiro, enquanto Chile e Uruguai são os países onde a droga tem maior rentabilidade, com um preço de até US$ 2 mil o quilo, segundo a Senad.

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