Mundo

Presidente do Panamá admite que recebeu fundos da Odebrecht

Ao mesmo tempo, o presidente voltou a ressaltar que as doações políticas "não são subornos" nem constituem um crime

Juan Carlos Varela: segundo ele, "ajudas" foram reportadas ao Tribunal Eleitoral (foto/Reuters)

Juan Carlos Varela: segundo ele, "ajudas" foram reportadas ao Tribunal Eleitoral (foto/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 14h23.

Cidade do Panamá - O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, reconheceu nesta quinta-feira que sua campanha pela vice-presidência do país, em 2009, recebeu fundos da Odebrecht através de uma terceira pessoa, e voltou a ressaltar que as doações políticas "não são subornos" nem constituem um crime.

"Na minha campanha de vice-presidente eu recebi ajudas dessa pessoa e foram reportadas ao Tribunal Eleitoral", declarou Varela nesta quinta-feira, em referência a declarações do ex-cônsul do Panamá na Coreia do Sul, Jaime Lasso, que afirmou perante a procuradoria anticorrupção que o governante Partido Panameñista recebeu na campanha de 2009 um montante de US$ 700.000 da Odebrecht.

As afirmações do presidente do Panamá são divulgadas horas depois do início da audiência judicial de validação de um acordo assinado entre Odebrecht e a procuradoria panamenha, o qual inclui o pagamento de uma multa milionária e a revelação de dados sobre as irregularidades cometidas pela construtora brasileira no país.

Acompanhe tudo sobre:Novonor (ex-Odebrecht)Panamá

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru