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Presidente do México alerta Trump que imposição de tarifas não impedirá migração e drogas nos EUA

Claudia Sheinbaum leu um trecho da carta que enviará ao presidente eleito onde fala sobre a relação entre os países

Presidente do México, Claudia Sheinbaum (AFP)

Presidente do México, Claudia Sheinbaum (AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 12h36.

Última atualização em 26 de novembro de 2024 às 12h38.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, alertou Donald Trump nesta terça-feira, 26, que novas tarifas não impedirão a migração irregular ou o consumo de drogas nos Estados Unidos, depois de o presidente eleito ter ameaçado impor tarifas de 25% sobre as importações mexicanas.

"Presidente Trump, não é com ameaças ou tarifas que você vai parar o fenômeno da imigração, nem o consumo de drogas nos Estados Unidos", disse a presidente eleita este ano ao ler uma carta que enviará nesta terça-feira ao presidente eleito e na qual também propõe iniciar um diálogo.

O próximo presidente americano anunciou na segunda-feira que imporá tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá até que a "invasão" de drogas e "imigrantes ilegais" seja interrompida, e um adicional de 10% sobre as já existentes sobre produtos procedentes da China.

Em sua rede Truth Social, ele deixou claro que não haverá carência, mas que as medidas começarão assim que retornar à Casa Branca, no dia 20 de janeiro.

Sheinbaum insiste na carta que "cooperação e compreensão recíproca" são necessárias para resolver tais problemas e explica que a aplicação de uma tarifa forçaria o México a responder da mesma forma "até colocarmos em risco negócios comuns".

Como exemplo, cita os casos de montadoras como General Motors, Stellantis e Ford, que operam no México há 80 anos e cuja atividade beneficia os dois países.

"Por que lançar um imposto que as coloca em risco? Não é aceitável e causaria inflação e perda de empregos nos Estados Unidos e no México", acrescenta a presidente mexicana na carta.

Ela argumenta que a força econômica da América do Norte reside na "manutenção da nossa parceria comercial" e que o diálogo é o melhor caminho para o entendimento entre os dois países. "Espero que nossas equipes possam se encontrar em breve", acrescenta.

"Vamos enviar esta carta hoje (terça-feira) e, como podem ver, estamos propondo um diálogo com a equipe do presidente Trump", acrescentou Sheinbaum durante a sua habitual coletiva de imprensa matinal.

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